domingo, 21 de fevereiro de 2010

Terremoto

Essa semana houve uma noite em que meu pai não queria dormir porque cismou que a casa estava caindo. Tive que sentar ao lado dele na cama até ficar calmo e dormir.

No passado era ele quem velava meu sono quando eu não conseguia dormir seja por qual motivo fosse. Hoje sou eu.

Ali naquela cama, olhando para ele, ouvindo sua conversa, viajei no mundo dos meus sentimentos. Refleti sobre tanta coisa, me senti pequeno e fraco, grande e forte também, senti tanta coisa que nem sei descrever muito bem.

Corri para o meu quarto, peguei o primeiro caderno velho que encontrei e escrevi uma carta. Sou assim, quando entro em contato muito forte comigo mesmo acabo tentando expressar tudo em cartas. Mas depois acabo sempre em dúvida se devo ou não enviar essas cartas. Mas no fim acabo sempre enviando.

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