Hoje em nossa aula de transmídia tivemos uma palestra do jornalista Denis Russo Burgierman, que durante anos trabalhou na revista Superinteressante. Ele veio nos apresentar sua experiência com a criação e desenvolvimento de Args. Explicando: lembram daquelas brincadeiras de Caça ao tesouro e gincanas? args são coisas parecidas e são feitas utilizando várias mídias e plataformas. Os melhores exemplos foram usados para divulgar filmes, como Inteligência Artificial e Batman, e séries, entre temporadas, como Lost e Heroes. São lançados jogos e charadas e os participantes devem resolver e seguir as pistas até conseguir chegar ao final da narrativa que é proposta. Para mim, os Args me lembram o jogo e animação da Carmen Sandiego.
Estou comentando sobre essa palestra porque adorei a oportunidade de conhecer o Denis. Eu sou leitor da Super desde moleque e tenho toda a coleção até o ano em que deixei de ser assinante, que foi em 2004, eu acho.
A Super, junto com o cinema e os livros, foi uma grande companheira em minnha vida e devo muito a ela pela minha formação. Ela estimulou minha curiosidade e sempre me ensinou um pouquinho de tudo, desde coisas práticas do dia-a-dia até as loucuras da física quântica. Foi uma grande educadora em minha vida. Lembro que na terceira série o povo já me olhava torto por eu saber de coisas que não pertenciam ao universo de uma criança.
Gostava da coluna de matemática do Luis Barco, da coluna de jogos e do mapa do céu. Fazia meu pai botar a escada na garagem de casa pra poder subir no teto só pra observar o mapa do céu no dia e hora que a revista dizia e ficava tentando identificar planetas e estrelas. Lia todas as matérias, mesmo sem entender a maioria. Mas com o tempo fui começando a aprender mais e a entender um pouco de cada ciência.
Lembro que meu primeiro salário foi de R$10,00 em 1995 e com esse dinheiro comprei uma Super e fui ao cinema. O troco virou chiclete e Chocolate Surpresa. =)
Em 1996, quando comecei a trabalhar de verdade, a primeira coisa que fiz foi me tornar assinante e continuei assinando até meados de 2004, 2005… Depois passei a comprar apenas de vez em quando e até hoje continuo assim, principalmente por causa da faculdade que toma meu tempo e minha grana que sempre oscilou durante os últimos anos.
A Super me ajudou inclusive na minha escolha profissional, porque embora ela nunca tenha abordado a biblioteconomia ou a ciência da informação (diretamente, porque indiretamente ela já abordou, mesmo sem saber), ela contribuiu na formação dos meus múltiplos interesses de saberes e pelo espírito curioso.
Então, o Denis foi a primeira pessoa que já trabalhou na Super que conheci pessoalmente. Já cheguei a conversar com o Rafael Kenski e a Mafê Vomero pelo orkut há alguns anos atrás, mas nunca os conheci pessoalmente. Conhecer o Denis foi muito legal de verdade e ele tem o espírito alegre, descontraído e é muito animado, como demonstrava pelas páginas da Super na época em que trabalhava por lá.
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