quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Imagem do Dia: o esquilo assustador

Eu quase tive um treco hoje ao ver essa imagem, é muito engraçado imaginar a cena acontecendo:


HAHAHAHAHAHAHA

Pior que só de lembrar começo a rir... Como não amar esquilos???...rs

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sabedoria do Odorico

ODORICO

Tive um sonho interessante noite passada. No meu sonho um problema que tenho atualmente e que se encontra difícil de resolver se resolveu de uma forma tão simples e natural. Acordei quando iria começar a parte boa, porém a resolução em si foi tão divertida e reconfortante que nem liguei.

Acordei com um sorriso no rosto (o mesmo que estou agora)…

A frase de Odorico Paraguaçu marcou meu sonho: “Vamos deixar os entretanto e partir para os finalmente”.

E é verdade, ele está certo…

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pensamento do dia

perdão

Se alguém te fez algum mal ou você tem um problema pessoal com alguém, lembre-se: é apenas com você e a pessoa. Não saia por aí querendo fazer a caveira da pessoa, realizando uma campanha com os amigos em comum de vocês para que eles deixem de ter relações com essa pessoa.

Não se coloque como vítima, coitadinho… E se no fundo o seu orgulho está ferido e na verdade você paga pau para a pessoa?? Primeiro que agindo assim você cria um abismo entre vocês e o perdão e a reconciliação fica cada vez mais distante. Segundo, vai que vocês façam as pazes, a imagem que você irá passar é de alguém contraditório, pois se ontem você odiava a pessoa e hoje são melhores amigos de infância, quem é você? Um mentiroso ou alguém tão ruim quanto a pintura que fazia da pessoa??

Perdoar é muito mais fácil e simples… Até Buda cometeu erros, alguns até sérios demais, nem por isso ele deixou de ser a pessoa exemplar que é conhecido até hoje. E você com certeza já feriu ou tomou alguma decisão negativa que magoou alguém… Lembre-se que muitas vezes o outro pode não ter a real dimensão de seus atos…

Coloque-se sempre no papel do outro… É um bom caminho para o perdão…

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Hebe




Esse fim de semana com a morte de Hebe Camargo algumas coisas me incomodaram:

* Pessoas escrevendo milhares de homenagens à ela e acumulando elogios, embora enquanto ela era viva e tinha o programa dela poucas dessas pessoas assistissem (nos últimos anos a audiência do programa caiu muito);

* Pessoas acumulando motivos do porque não gostavam dela, desenterrando relações dela no passado com a ditadura militar e o apoio ao Maluf (que depois ela própria se redimiu e cortou relações com ele), entre outras coisas do arco da velha;

* O melhor comentário foi de um rapaz dizendo que achava um absurdo as pessoas a elogiarem por ser humilde sendo que ela usava muitas joias e fazia inúmeras viagens, como para Dubai. QUAL RELAÇÃO ENTRE HUMILDADE E POSSES E REALIZAÇÕES PESSOAIS DE ALGUÉM??? Aff...

Vai deixar saudades... Me despedi dela assistindo a entrevista que ela deu ao Jô com a Nair Bello e Lolita Rodrigues e novamente chorei de rir do trio...

PS: sempre parava para assistir ao programa dela, divergia de inúmeras opiniões dela mas admirava sua sinceridade e espontaneidade. E como não sorrir com as tiradas dela???...rs

domingo, 12 de agosto de 2012

Feliz Dia dos Pais


Esse foi meu primeiro dia dos pais sem meu pai nesse plano... Passei viajando, só cheguei em casa à tarde. De manhã dei um passeio por Ribeirão Preto enquanto esperava meu ônibus e fui em uma feirinha de artesanato. Lá encontrei em uma barraquinha de lembranças religiosas uma pequena imagem de Santo Onofre, semelhante a que eu tenho e que era do meu pai. Muitas lembranças vieram na hora na mente, lembranças boas de momentos especiais.
Comprei um elefantinho pra sinalizar uma nova etapa em minha vida. Durante a viagem senti muita coragem e força para realizar diversas coisas e resolver alguns problemas, e tenho certeza de que meu pai está do meu lado, me orientando e protegendo.

Obrigado Papai!! Parabéns pelo seu dia!!! Eu te amo!!!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Desassossego



Ontem me senti diferente antes de dormir, não sei explicar como... demorei muito para dormir, tive um sonho muito forte e marcante, passei o dia com uma sensação diferente, nem ruim nem nada negativo... Eu tô sentindo que algo vai acontecer, mas não sei precisar o que... Meu coração tá inquieto, desassossegado. Só sei que isso me motivou a fazer alguns planejamentos para esse mês de agosto, o que é muito importante e válido nesse meu momento atual.

Ultimamente meus dias não tem sido muito fáceis, ainda não me sinto à vontade para comentar aqui, mas nessa semana eu tive alguns avanços positivos. Tô confiante!!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mantra Ganesha: o filho de Shiva e Parvati


Aniversário do blog!!



Esse mês de agosto comemoro 3 anos de blog!!! Meu cantinho de devaneios, ideias e sonhos... 

Muita coisa aconteceu desde aquele principio de noite de agosto de 2009, quando eu estava na casa de um amigo e decidi que criaria um espaço livre para minha cabeça maluca e cheia de vontade de se expressar. Ali mesmo dei os primeiros passos e fiz as primeiras postagens.

Foram muito intensos esses últimos 3 anos, ainda estou aprendendo a ser gente grande, mas não é fácil. Esse mundo adulto é muito complicado...

Obrigado a todos os meus leitores, o maior presente que ganhei com esse blog foi o de receber mensagens e carinho de pessoas de tantos lugares e que gostam do que escrevo. Muito obrigado de coração!!

E vamos em frente!!

O sonho do menino



Há um menino que sempre me acompanha. Deve ter uns 6 anos, ele passa o dia a brincar com um carrinho enquanto me observa a trabalhar. Está sempre próximo, curioso que só vendo.

Ele não faz bagunça, é muito brincalhão e tímido. Sempre que eu olho para ele, sorri e faz um aceno.

Minha maior dificuldade com ele é quando me pede algo, porque raramente ele me pede alguma coisa, só que quando pede é algo que geralmente não posso dar, não tenho recurso suficiente para lhe presentear. Ele diz que entende, mas a carinha que ele faz é de cortar o coração.

Ele sempre me dá uma maçã ou chocolate. Tem horas que ele some, não faço ideia de onde ele vai. As vezes me preocupo quando demora muito a voltar. Penso em repreende-lo quando volta, mas e a coragem ao ver aquela carinha inocente e cheia de vida. Dou um abraço, um beijo e o ponho para dormir. Sempre conto uma história antes, ele sempre me pede.

Dia desses o pai dele o chamou. Seu pai é um homem trabalhador e de bom coração. Ele o chamou, pegou pela mão e disse: "Venha comigo". O menino foi, assustado. Não pelo pai, que estava calmo e sereno, mas pela situação e pela escuridão que estava.

O menino então viu outro menino se aproximar. Os dois ficaram assustados, eles se olhava de forma acanhada e reticente, olhando sem querer ver. Teria feito alguma peraltice e não se lembrava?

Nesse momento o menino viu sua avó se aproximando. Seu pai lhe disse: "Sua vó é mãe do menino". A avó pegou o outro menino pela mão e se aproximou do filho. Os meninos ao ficarem próximos encolhiam-se de vergonha, sentiam um certo medo e curiosidade um pelo outro, sem compreender o que faziam ali.

O pai do menino pediu ao filho que pegasse na mão do outro: "Vamos! Vocês irão receber a benção do avô de vocês".

Eles pegaram um na mão do outro e acompanharam mãe e filho em direção a um senhor idoso e de longos cabelos e barba branca.

O avô ajoelhou-se e acariciou os dois garotos. Eles sorriram e abraçaram o senhor. "Sua benção vovô!" "Deus os abençoe, meus filhos".

Os dois meninos então se abraçaram e sorriram emocionados. O avô começou a gargalhar, e os meninos acompanharam dando risadas gostosas. Mãe e filho sorriam discretamente abraçados, acompanhando a felicidade e brincadeira dos três. O velho parecia um outro menino, deram-se as mãos e cantavam e dançavam na maior felicidade. Nunca vi o menino tão feliz. Me afastei e voltei para casa feliz pela felicidade de alguém tão especial para mim. De certa forma, não sei como, consegui dar o presente que o menino tanto queria.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Chinesas




Sexta fria e chuvosa

É incrível, mas estou conseguindo escrever menos esse ano do que o ano passado...rs

Desaprendi a escrever, só pode... recentemente tive uma reunião com meu orientador e ele me mostrou o quão fraco estava tudo o que havia produzido até então. Isso é algo novo para mim, pois sempre tive uma facilidade grande para escrever.

Entro no meu facebook ou twitter e um grilo começa a cantar na minha cabeça. Falta ânimo, paciência e coragem para escrever o que quer que seja. Já nem sei mais o que é sentar e escrever um conto ou uma crônica, e quase choro só de pensar em escrever um artigo. Já não converso mais com amigos como antes, falta-me assunto, prefiro ouvir.

Cada fase estranha a gente passa... A verdade é que me recolhi um pouco do mundo e tenho tentado observar melhor quem eu sou, o que tenho feito de minha vida e o que pretendo seguir ou descartar. Já não sou mais o mesmo mas ainda estou indefinido, impreciso e disforme.

Quando estou triste eu abro um sorriso, dou um abraço, um beijo, desejo um bom dia... Um oráculo me disse que não devemos esperar coisas acontecerem ou mudarem para sermos felizes ou estar bem, a gente deve sorrir e aceitar a felicidade e as bençãos antes da vinda delas, assim seremos bons anfitriões. Agradecer, antes de ganhar. Perdoar, antes que nos peçam desculpas. Enfim, viver o que a oração de São Francisco nos diz.

Mas de forma alguma estou num mal momento, muito pelo contrário, estou vivendo uma fase muito positiva. Talvez a minha dificuldade seja justamente em lidar com fases positivas.

Meu problema é que cresci deixando de lado problemas estruturais que agora me preocupam. Tenho muitas limitações e medos. Sou capaz de fazer coisas muito difíceis, porém me paralizo em coisas que para outras pessoas são tão simples.

Mas nem tudo está perdido, consegui ao menos escrever esse texto, já é um avanço. O bom do meu blog é que minha família, amigos, colegas de trabalho e pessoas próximas nem conhecem esse espaço, então encontro aqui meu refúgio. Tem horas que tudo o que quero é estar longe de tudo o que me faz ser quem eu sou hoje, para ver se eu consigo me decodificar e poder voltar renovado e motivado.

Engraçado, estou aqui pensando em como terminar esse texto e minha cabeça começou a tocar uma música do Ivan Lins... Sei lá o que meu inconsciente quer me dizer, mas joguei ela no google e copiei a letra pra encerrar esse post. Até mais!!

Vitoriosa
Ivan Lins

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza...

Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

UFSCar oferece Especialização em "Discurso e Leitura de Imagem"



Até dia 05 de abril estarão abertas as inscrições no curso de Especialização em "Discurso e Leitura de Imagem" oferecido pela UFSCar. A atividade é destinada a pessoas que atuam ou buscam aprofundar conhecimentos com a análise de imagens, em instituições e locais presenciais ou virtuais: escolas, agências de comunicação, universidades, institutos de pesquisas, arquivos, bibliotecas, centros culturais, instituições de patrimônio histórico, dentre outros.

O objetivo do curso é oferecer estudos advindos do campo das linguagens aplicados em análises dos discursos imagéticos, considerando-se, para tanto, três grandes modalidades de produção: as imagens fixas, as imagens em movimento e as imagens no virtual. Para a realização deste curso foram convidados docentes dos departamentos de Ciência da Informação, Imagem e Som, Letras e Sociologia da UFSCar, além de professores dos cursos na modalidade da Educação a Distância. Se, por um lado, as perspectivas teóricas e conceituais dos docentes dessas áreas são diferenciadas, por outro, o que os une é que há anos eles pesquisam sobre leitura e análise dos discursos imagéticos, aplicando seus conhecimentos em diversos textos: quadros, fotos, história em quadrinhos, filmes, imagens na internet, transmídia, na educação a distância, nas imagens em 3D.

Os interessados podem fazer inscrição agendando entrevista na secretaria do Laboratório de Análise do Discurso da Imagem (LANADISI), situado no Departamento de Ciência da Informação da UFSCar, pelo telefone (16) 3351-9469. O funcionamento da secretaria será de segunda a sexta-feira das 13 às 18 horas, exceto nos feriados. Na entrevista será necessário apresentar currículo impresso. São oferecidas 40 vagas e, deste total, 5% são destinadas a funcionários da UFSCar.

Mais informações podem ser obtidas no site do curso, pelo telefone (16) 3351-9469 ou pelo e-mail discursoeimagem.ufscar@gmail.com.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Terceira Margem do Rio – Guimarães Rosa

canoeiro

Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.
Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a idéia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!" Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa.
Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para. estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho.
Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas — passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitariamente. Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s'embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa.
No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a idéia que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do rio, enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfim de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no ao-longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do rio. Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, que fiz, e refiz, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe muito não se demonstrava.
Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios. Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao padre que um dia se revestisse, em praia de margem, para esconjurar e clamar a nosso pai o 'dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para medo, vieram os dois soldados. Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou diluso, cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos homens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele.
A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele agüentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fizesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-ilha, no esconso. Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um fósforo. O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável. Não adoecia? E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do rio tudo rola o perigoso, aqueles corpos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo — de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no passo de outros sobressaltos.
Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de sol e dos pêlos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia.
Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: — "Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim..."; o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados.
Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos. Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida. Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de mim, eu sei — na vagação, no rio no ermo — sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fizesse recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das primeiras cheias do rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fim-do-mundo, diziam: que nosso pai fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, eu não podia malsinar. E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos.
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia.
Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — "Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!..." E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo.
Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão.
Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.

Fonte: http://www.releituras.com/guimarosa_margem.asp

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Coisas do Papai

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Meu pai, Onofre Francisco Torres, nasceu no dia 03 de maio de 1944, mas foi registrado no dia 13. Nasceu na roça, de parteira, a noite. Nasceu e a parteira achou que ele tivesse nascido morto, porque não respirava e não se mexia. Minha avó ficou triste, era seu primeiro filho, de outros 10 que viriam em seguida, mas teve que se conformar. Deixaram ele dentro de uma bacia no chão do quarto. Um tempo depois escutaram um barulho, foram ver e era ele, vivo, se mexendo e começando a chorar. E dali em em diante iniciou sua história, sempre com muito trabalho e dedicação.

Meu pai foi um homem muito sério e trabalhador. E dono de olhos castanhos amendoados, que ora ficavam verdes, ora cinza que era a coisa mais linda do mundo. Era um ótimo pedreiro, do tipo que já não existe mais. Seu maior sonho era ter uma terra pra criar vaca e fazer seus serviços de roça. Conseguiu na década de 90, teve uma chácara que era sua vida e refúgio, que só teve que deixar por conta do Alzhaimer, quando sua memória já não permitia mais o trabalho.

Pode-se perguntar a qualquer pessoa, ele nunca xingou ou falou mal de pessoa alguma, era muito ético e sábio. Foi um ótimo pai, sempre presente, mesmo trabalhando muito, e muito amoroso e brincalhão com a gente. Teve poucos amigos, seus melhores amigos eram os animais. Não era alguém de muita conversa, ficava sempre na dele e falava muito pouco com os outros. Fez de tudo para dar uma vida boa para os filhos e esposa, mesmo vivendo um casamento difícil com nossa mãe. Eles casaram obrigados e viveram por conviniência. Mas isso nunca atrapalhou nossa criação, fomos uma família feliz, entre os trancos e barrancos.

Muito religioso, era devoto dos Reis Magos e de Santo Onofre. Terminou sua vida de certa forma como o seu santo padroeiro, só suas roupas, alimento e mais nada. Amava muito seu pai, que faleceu quando ele tinha 16 anos, e sempre me contava histórias lindas dele. Sua oração preferida era a Oração do Santo Sepulcro, que diz que quem a tiver consigo e confiar em suas palavras, será muito feliz. E quem fizer uma oração da forma como ela indica, por anos seguidos, teria a graça de ver a Virgem Maria 3 meses antes de seu falecimento, além de outras graças, e essa graça valeria por 5 gerações. O pai dele fez a oração. Se meu pai viu a Virgem Maria? Não sei, o alzhaimer não permite saber, o que sei é que ele conversou com o pai dele em outubro, eu escutei a conversa, e com sua mãe durante várias vezes ao longo do avanço de sua doença. E se contarmos 90 dias para trás, do dia do seu falecimento, dá dia 12 de Outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida.

Coisas que ele gostava:

Trio Parada Dura

Tonico e Tinoco

Bruce Lee

Luta Livre

Bang Bang

As Panteras

Folia de Reis

Esquadrão Classe A

MacGyver

Despedida do meu pai

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Sexta-feira passada, 13 de janeiro, meu pai encerrou sua história nesse nosso mundo. Ele faleceu às 5h da manhã, depois de 23 dias internado, por conta de uma infecção, uma broncopneumonia e avanço para a terceira fase do Alzhaimer.

Eu e minha família estamos recuperando bem, e isso de certa forma é algo que o alzhaimer nos ajudou. Quando algum familiar recebe o diagnóstico de que é portador do mal de alzhaimer, a família começa a aprender que é um caminho único, sem volta, e que seguirá passos bem definidos. No começo a gente não acredita, não aceita muito, mas com o tempo, com o avanço da doença, percebemos que ela é daquele jeito mesmo que os livros e médicos dizem. A pessoa vai morrendo aos poucos, e a despedida vai sendo lenta diária.

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Nos despedimos aos poucos de nosso pai, a medida que ele ia perdendo sua identidade e assumindo a identidade que a doença lhe confere. Me lembrei do filme “O curioso caso de Benjamin Button”, porque meu pai foi voltando a se tornar criança. Seus últimos dias no hospital foi como se ele tivesse voltado a ser um bebê.

Assim, eu pude me despedir dele aos poucos nos últimos anos, vivendo intensamente cada momento com ele e dando todo o carinho e amor que queria. Tem horas que é duro, você fica com vontade de correr ou gritar a procura do seu pai, sentindo como se ele tivesse sido trocado. Mas logo passa e um abraço e um beijo supera tudo.

Foram 10 anos, desde o diagnóstico da doença, dentro da média que os livros e médicos dizem. Ele ainda poderia ter vivido uns 4, 5 anos a mais, mas sempre desse jeito, de cama, imunidade baixa, perdendo as habilidades motoras. Então creio que Deus escolheu o melhor tanto para ele quanto para nossa família, sua terceira fase do alzhaimer durou menos de um mês.

Ele estava bonito no seu velório, não tinha aspecto de morto ou abatido. Estava sereno, rosto claro e com um sorriso no rosto.

Agora vamos tocar a vida, com as lembranças boas que vivemos com ele, com toda a sabedoria que nos passou e com o amor dele que sempre estará com todos nós, enquanto a gente ainda estiver presente nesse mundo.

Ru09

Technorati Marcas: ,,

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

OMG!!!!

Forever alone

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Coisas forever alone que já fiz/faço:

- Ir ao cinema sozinho (uns 65% dos filmes que fui ver fui sozinho);

- Ir a um bar no sábado a noite e conversar com amigos do MSN e Facebook pelo celular;

- Passear pela cidade e sentar num banco de praça para refletir a vida;

- Conversar comigo mesmo no MSN;

- Jogar jogo de tabuleiro sozinho, fazendo as vezes dos outros jogdores;

- Ir a festas sozinho;

- Ter 28 anos e nunca ter namorado;

ForeverAlone00

- Achar que está progredindo no amor, que finalmente encontrou a pessoa certa, que as indiretas de amor são pra você… E finalmente descobrir que não são pra você, foi alarme falso, de novo;

- Tomar um porre sozinho;

- Puxar conversa com amigos no MSN, comunicador do face e Gtalk e ficar no vácuo;

- Entrar numa sala de bate-papo e nem o spam falar comigo;

- Passar meses esperando por algum telefonema de telemarketing pra poder ficar feliz em ter alguém querendo falar comigo;

- Passear e comer sozinho no shopping;

- Comemorar o aniversário sozinho, com uma fatia de bolo e copo de suco;

- Ficar sem assunto e tímido no meio de um monte de gente desconhecida e ouvir obrigatoriamente: “Nossa, seu amigo é tão quietinho… Fala alguma coisa!;

- Ir em casas de sexo e não fazer sexo;

- O coração pular de alegria porque o celular apitou mensagem nova, olhar e é mensagem da operadora;

forever alone[6]

- Minha família esquecer meu aniversário;

- Minha mãe não lembrar minha idade, uma hora tenho 23 anos, outra nasci em 1943;

- Acreditar nesse tipo de situação:

Rubens conversa com amigo: Oi, qto tempo!! Vamos combinar alguma coisa??

Amigo: Sim, vamos!!! Êhhhh!!!!

Rubens: Que bom!! Posso dias tal e tal. Podemos ir em tal e tal lugar e chamar fulana e cicrano.

Amigo: Sim, claro! Eu adoro esse lugar e faz tempo que não conversamos. Entro em contato para combinarmos!!

Chega o dia: …………………………….

- É, acho que já posso dormir…

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- Acreditar nisso também:

Rubens: Oi, vamos sair sábado a noite? Vamos ao cinema quinta? Vamos jogar videogame no domingo? Vamos assistir filme na quarta? Vamos fazer e acontecer na terça?

Amigo: Demorô! No dia passo na tua casa a noite!!

Chega o dia, Rubens se arruma, põe roupa nova e tudo; põe-se a esperar assistindo TV…

………………………………………

Mãe: Já posso trancar o portão?

Rubens: Espera mais um pouco… Olha, olha no celular…

…………………………………….

Mãe: Já posso trancar o portão?

Rubens: Deixa a chave que depois eu tranco… Olha, olha no celular…

…………………………………….

Rubens: É… Acho que já posso trancar o portão… Olha, olha no celular…

Na TV: vinheta do Corujão…

Forever-Alone-3

- Colecionar as frases: “Somos só amigos”; “Não vamos estragar a amizade”; “A coisa que eu queria te contar é que estou namorando”; “As coisas que você me faz só faz me afastar cada vez mais de você”; “Você fantasia demais”…

- Ouvir dos seus amigos: “Você não tem alegria”; “Você tem espírito de velho”; “Você tem o mal dentro de você”; “Você não deveria escolher, não vai encontrar nada melhor”; “A culpa é sua!! Sempre!!!”; “É só o Rubens…”;

- Conversar com as fotos pregadas nas paredes;

- Se eu for no programa no programa do Rodrigo Faro: “Ele é muito inteligente, muito ético, mas hoje não Rodrigo! Deixo pra minha amiga” “Mas você é a última” “Silêncio mortal e queda de ibope”;

- Passar a madrugada escrevendo sobre como é minha vida forever alone no meu blog.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Forever-Alone

Só uma coisa a fazer…

Deitar na BR…

quepuxa

Que puxa…

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Coleção Ai se eu te pego

Hoje comecei uma nova coleção!!! Estou colecionando versões da música do Michel Teló "Ai, se eu te pego"...hahahahaha Como bom bibliotecário que sou, vou organizar as versões em outras línguas ou diferentes para os possíveis usuários interessados!! VEM GENTE!!!

0- Versão original da Sharon Acioly:


1- Versão 2011 da Sharon Acioly:


2- Versão original do Michel Teló:


3- Versão em Inglês do Teló:


4- Outra versão em Inglês:



5- Versão em espanhol:


6- Italiano:


7- Francês:


8- Versão Forró Cangaia de Jegue:


9- Polonês:


10- Holandês:


11- Japonês:


12- Funk "Os hawaianos":


13- Gospel:


14- Libras:


15- Gaucho 1:


16- Gaucho 2:


17- Alvin e os esquilos:


18- Guarani:


19- Garota Safada:


20- Electro Remix:


21- Parangolé:


22- Pop-Rap



23- Samba Hebraico (?!?!?):


24- Versão Não te pego!:



25- Versão Tiririca:



26- Inglês Imbromation:


27- Versão Curitibana:


28- Sogra (?):


29- Karaokê:


30- Piano:


31- Gusttavo Lima:


32- Ivete Sangalo:


33- Claudia Leitte:


34- Teclado:


35- Aula de violão:


35- Remix:


36- Coreografia Infantil:


37- Coreografia Adulto:


38- Versão Infantil:



39- Seu Madruga:



40- Re-edit Bootleg:


41- Cavaco e acordeon:


42- Rodrigo Faro:



43- Grego:


44- Hebraico:


45- Resposta:



47- Resposta "Se você me pegar":



48- É ruim que cê me pega:


49- Xirispa:


50- Soldados de Israel:


51- Alemão:


 52- Espanhol El Cielito:





53- Pato Donald:



Por enquanto é isso!! Se descobrir alguma versão nova ou diferente me avisem.