Era 1998. Um menino, muito barrigudo pra se dizer magro, e muito magro pra se dizer gordo, viciou-se em um desenho animado que passava na TV Cultura, cujo protagonista era um menino muito barrigudo pra se dizer magro e muito magro pra se dizer gordo, que se chamava Doug Funnie.
Esse menino tinha um melhor amigo inseparável que estudava com ele, era apaixonado em segredo por uma coleguinha loira da escola, tinha uma cachorrinha que sempre o acompanhava e que era muito inteligente, tinha uma irmã bem mais velha que vivia implicando com ele, passava horas viajando na imaginação, rabiscando histórias em quadrinhos e fazendo story boards de filmes. Não, não estou falando do Doug, mas do menino que assistia o Doug, que por acaso sou eu.
Já o Doug, ele tinha um melhor amigo inseparável, o Skeeter, que estudava com ele; era apaixonado em segredo por uma coleguinha loira da escola chamada Patty Maionese; tinha um cachorrinho que sempre o acompanhava e era muito inteligente, o Costelinha; tinha uma irmã mais velha que vivia implicando com ele, a Judy; passava horas viajando na imaginação, rabiscando histórias em quadrinhos e escrevendo o que acontecia em sua vida em um diário.
Preciso dizer que existe uma certa identificação entre a gente??? :)
Acho que o Doug foi o primeiro blogueiro que existiu no mundo, afinal o que ele fazia em cada episódio é o mesmo que a grande maioria dos blogueiros faz, contar sobre seu dia, tentando entender esse mundo louco e esses nossos relacionamentos sociais complicados.
Criação de Jim Jinkins, Doug nasceu em 1991 no Nicklodeon e ficou no ar até 1994. Em 1996 a Disney deu continuidade, produzindo novos episódios. No Brasil, Doug foi exibido na TV Cultura, SBT e Band. Atualmente passa novamente na Cultura.
Um desenho primoroso que mostra muito bem a transição da pré-adolescência para a adolescência e os inúmeros conflitos, medos e inseguranças gerados nessa fase. O mais legal é que esse desenho sempre valorizou a importância da família, dos amigos e dos valores éticos e morais, de uma forma construtiva e lúdica. A criança ou adolescente que assistia se identificava com o Doug de forma como poucos desenhos conseguiram.
Torço até hoje para que o Doug tenha tido um final feliz com a Patty Maionese, porque a minha maionese desandou faz muito tempo…rzz
E até hoje minha imaginação funciona como a do Doug, tipo, eu faço uma coisa, aí imagino como seria, de uma forma exagerada e normalmente dando errado…rzz
Nenhum comentário:
Postar um comentário