"Dieu réunit ceux qui s'aiment" - Edith Piaf
Quando eu fiz a limpeza das minhas coisas eu encontrei as antigas cartas e cartões que minha irmã, a Rosângela, recebeu quando era solteira. Quando ela casou deixou tudo comigo para guardar (aliás, ela deixa tudo que é papel pra guardar pra ela até hoje) e eu nunca tinha lido essas cartas.
Entre essas cartas haviam as cartas e cartões que ela recebia do André, o marido dela hoje. Juntei essas cartas, ordenei cronologicamente e sentei para ler, fiquei curioso por saber como foi o início do relacionamento dos dois…rzz
Antes de falar sobre as cartas, vou resumir o que eu conhecia da história deles. Em dezembro de 1988 minha irmã recebeu um convite da patroa dela na época para viajar para o Guarujá. Ela aceitou e foi durante uma semana. Um dia durante a viagem ela foi à missa em uma igreja por lá e conheceu um grupo de jovens (minha irmã participava de um grupo em Passos e gostava de conhecer e trocar experiências com outros grupos). Nesse grupo ela conheceu o André e trocaram endereço para correspondência. Durante um ano trocaram cartas até que em 1990 ele veio a Passos e pediu a minha irmã em namoro ao meu pai e minha mãe. Em 93 ficaram noivos e em 94 casaram. O André deixou sua vida no Guarujá e veio morar em Minas. Por sorte, logo que chegou conseguiu emprego de químico em Furnas. Em 95 nasceu a primeira filha, a Gabriela e em 2000 veio o Rafael.
Voltando as cartas, o que descobri foi uma história de amor linda!!! É emocionante ver a troca de carinho deles nas cartas e como o amor foi crescendo aos poucos, dos flertes discretos das primeiras cartas até verdadeiras declarações de amor emocionantes das últimas.
Mas o mais lindo foi ver a paciência e a dedicação dos dois. Eles ficaram um ano sem se ver, só trocando cartas e se conhecendo por elas. Nem por telefone se falavam, naquela época eles não tinham e ficava caro por orelhão. Ambos namoravam mas durante esse ano deixaram seus relacionamentos sem medo e sem arrependimento.
Um ano até um se declarar abertamente ao outro. Um ano até ele embarcar em um ônibus com destino à Passos para declarar a política do café com leite com nossos pais. E quando ele fez isso nem ainda havia beijado ela, eles só foram dar o primeiro beijo no dia seguinte ao visitar o porto do Glória, um ponto turístico da cidade.
Paulo estava certo, o amor é paciente…
Infelizmente, quando hoje em dia a gente vê isso, alguém esperar um ano por um beijo? E se entregar a um amor, chegando ao ponto de abandonar toda sua vida, como ele fez, para construir uma nova vida por amor?
E eles se amam e são felizes até hoje. Basta conhecê-los para ver esse amor que existe entre eles e que é eterno, não dá pra imaginar um sem o outro.
A frase que a Rô usa para resumir a história deles é: “Quem disse que amor de praia não sobe a serra?”
Ahhh… bem que o raio poderia cair 2 vezes na família…hehehe
…e eu não duvido que caia…rzz
2 comentários:
Seu mexelão! Eles deixaram você ler as cartas?? rsrs
Muito linda mesmo a história. E a frase da Piaf. Deus realmente une os que se amam.
Beijocas.
hahahaha...eles não podem reclamar, se eu não tivesse guardado já teriam ido pro lixo faz tempo.
Mas contei pra minha irmã que li, ela me deu uma bronca carinhosa...rzz
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