segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amor sem baldeação

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Sábado finalmente consegui assistir “Up in the air”, “Amor sem escalas, e assim como meus amigos que muito recomendaram, adorei.

É um filme delicioso de se assistir e já entrou pra minha lista de filmes do coração, onde só entram filmes os quais eu muito me identifico e que me fazem repensar minha própria vida.

Foram muitas as coisas nas quais me identifiquei no personagem de George Clooney inclusive no fato de atualmente eu estar viajando pra lá e pra cá sem parar. Mas no meu caso é uma versão mais pobre, porque não viajo de avião mas de busão (um Up in the road…ahahahaha).

Eu ia assistindo ao filme e fazendo paralelos com minha vida:

- Não tenho mais casa, não tenho um lar, minha vida está dividida em 3 cidades e oficialmente não moro em nenhuma delas, apenas vivo nelas. Recentemente tive um problema para abrir uma conta no banco, tive que levar o comprovante de residência dos meus pais porque é o único que eles aceitariam;

- Nos últimos meses foram muitas horas de viajem, tudo na mesma região, mesmo assim é uma revolução pra mim, porque antigamente viajava pouco porque sentia muito enjoo. Hoje em dia nem preciso mais de remédio, já me acostumei e me adaptei, viagens nem estão sendo mais cansativas;

- Sou um solteirão que já não acredita mais em relacionamentos, já não espero conexão alguma com ninguém. No meu caso foram sequencias de desilusões que me deixaram assim mais frio pra relacionamentos. Até tenho minhas paixões e estou de coração aberto, mas isso já não me angustia mais, não tenho mais ilusões e certamente chegarei à idade de Ryan Bingman como ele;

- (NÃO LEIA ESSE TÓPICO SE NÃO VIU AO FILME) Enquanto assistia ao filme e via todas essas identificações com o Ryan, eu ficava fazendo previsões sobre o que aconteceria com ele. Ao ver a paixão dele pela Alex e todo o processo de mudança de pensamento e forma de encarar os relacionamentos, já previ: “Pra ele ser igual eu, ela deve ser casada ou ter alguma coisa que impossibilite ela de viver um relacionamento fixo com ele”. E foi batata!! Eu gritava pro Clooney ao final: “Eu te falei amigo, pra gente paixões só servem para transformar nossas vidas e nos mudar, não para se tornar algo real”. Quando eu vi as cenas cortadas no filme, nos extras, e vi tudo o que ele fez pra se aproximar dela e pra mostrar que a amava e estava disposto a mudar, antes de levar o balde de água fria da moça, fiquei mais triste ainda… como eu sei o que é isso…

- Já sei um monte de manha pra agilizar meus embarques nos ônibus que pego…hehe Pena que em rodoviária não tenha milhas. Tinha uma promoção antigamente em uma companhia de ônibus que se eu juntasse 10 passagens, ganhava outra. Levei 2 anos pra juntar, quando fui trocar o moço me disse que a promoção havia acabado um mês antes. Oh vida! Oh céus! Oh azar!… Que puxa!!! :P

Outra coisa que gostei do filme é que ele tem signos muito bons pra se fazer análises tanto semióticas quanto de análise do discurso. Fiquei louco pra aplicar Backtin e Foulcaut nele, acho que farei isso em breve, vou tentar montar um arquivo com outros textos que eu encontrar com o mesmo discurso pra fazer, acho que vai ficar legal. Mas isso depois que eu fizer os 2 artigos que preciso terminar nas férias. Tô igual aquele cara que descansa carregando pedra…ahahaha

2 comentários:

Sheila disse...

Só pude ler a metade do post porque não vi o filme ainda.

Menino, aos 24 anos a gente não é solteirão/solteirona! Isso acontece depois dos 35!

Beijocas, boa semana.

Rubens Torres disse...

Eu não tenho mais 24, vc quer me deixar mais arrasado, né??...ahaahahaha