Pela manhã recebi uma notícia que me deixou triste, fiquei sabendo que o gatinho que morou comigo no alojamento da UFSCar morreu.
Lembro dele desde os primeiros dias na UFSCar. Haviam 2 gatos parecidos, ele e a Princesa, e ambos eram cuidados por um dos rapazes do meu bloco, que dava ração para eles. O Jair era bem novinho nessa época, cabia na minha mão e era magrinho. Além dele, havia também um galho plantado na praça do aloja que me disseram que era de uma árvore. Falo dessa árvore também porque foi interessante acompanhar o crescimento tanto do gato quanto da árvore.
O amigo que cuidava do Jair mudou para o bloco do andar de cima, mas o Jair continuou a nos visitar e adorava entrar no meu quarto e dormir na cama do meu colega de quarto, o Didi. Ele enrolava no cobertor vermelho do meu amigo e ficava ronronando. O Didi xingava até, mas nunca expulsava ele, haviam noites em que o Jair dormia lá com ele nos pés.
E quando a gente deixava a janela do quarto aberta e ele vinha de manhã, entrava por ela e subia na cama do nosso outro colega, acordando ele de susto. E ele era aventureiro pulava dessa cama para a minha, ele queria testar todas as camas.
Era um gatinho muito carinhoso, meigo e eu adorava brincar e conversar com ele. Até que um dia ele sumiu. Fui descobrir depois de muito tempo que 2 amigas haviam pegado ele e levado pra criar na casa delas. Mudaram até o nome dele, virou Churras. Depois disso só passei a ver ele de vez em quando, quando visitava elas.
Faz pouco tempo que a minha amiga me contou que ela havia levado ele pra sua cidade. Infelizmente ele ficou doente, com problema nos rins, foi levado para o veterinário mas não resistiu e faleceu.
Vou sentir saudades, uma das melhores lembranças que guardo da federal são os bichos que convivi e o Jair foi um dos mais especiais. Folgado, manhoso, preguiçoso mas muito, muito amoroso. E o amor dos animais é o mais puro e sincero que existe.
Quanto a árvore, tá lá até hoje, já tá super grande, faz até sombra. E assim é a vida, eu já saí de lá, o Jair agora se foi e a árvore fica guarda as memórias de todos os bons momentos vividos naquele lugar.
Um comentário:
Sinto muito pelo Jair.
A gatinha que tive e viveu mais tempo morreu de complicações renais também, mas já tinha quase 14 anos e, felizmente, foi muito rápido - porque não consigo entender sofrimento animal.
Como diz uma amiga minha, que o Jair esteja bem no céu dos gatinhos.
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