sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bianca, minha eterna cachorrinha, amiga e companheira

Ru02 - Cópia

Agora vai ser difícil controlar a emoção. Lembrar da Bianca é lembrar de uma época maravilhosa da minha vida: minha infância. Ela esteve comigo por 15 anos, me amando, ajudando, me ouvindo e aconselhando.

Fui o primeiro a vê-la, no quintal ao lado. Ela uma filhotinha loirinha e espevitada. Eu, um moleque de uns 3 anos. Foi amor à primeira vista. Corri pra contar pra minha mãe. Ela também se apaixonou por ela. Por fim toda a família se apaixonou, ao ponto de dar um nome humano à ela: Bianca.

E não poderia ser diferente, ela era diferente de todos os outros cães. Era meiga, educada, muito fina e elegante. Ela comia devagar, segurava o prato com duas mãos, sempre em pequenas quantidades. Se comia um pão era sempre um pedacinho de cada vez.

Trabalhadora, vigiava o nosso terreiro como ninguém. Tentaram matá-la umas 3 vezes com veneno mas ela resistiu. As pessoas ficavam admiradas com a classe e educação dela.

Quando a gente viajava, ou mesmo passava o dia fora, e voltávamos ela era só festa. Pulava, nos lambia, numa alegria contagiante. Ela se parecia com um cão labrador, mas não era de raça.

Nossa amizade era muito forte. Eu não tinha amigos (os poucos que tinha ou tentaram me matar ou roubar, mas isso é outra história) e ela era minha compania quando ficava em casa. Ela brincava comigo, eu criava as mais loucas fantasias e ela estava sempre nelas. Era muito divertido.

Quando minha mãe estava brava comigo eu me escondia com ela. Nos abraçávamos e eu desbafava. Ela era uma ótima ouvinte. Passava horas conversando com ela, acariciando seu pelo e lhe dando besteiras para comer. Ela me lambia com amor e me olhava de um jeito tão terno que até hoje ninguém nunca mais olhou.

E ela era lésbica. É claro que na época não entendia isso e meus pais preferiam não ver, mas era uma realidade. Ela nunca deixava nenhum cão se aproximar dela, principalmente no cio. Ela batia neles e não importava o tamanho do cão, ela enfrentava do mesmo jeito. As vezes ela conseguia os dominar e assumia o papel de macho, tentando cruzar com eles.

Ela era fêmea por fora mas se comportava como um macho no sexo. Ela subia em outras cachorrinhas tentando cruzar. Por isso digo que ela era lésbica. Nunca teve filhos naturais. Minha mãe sonhava com os filhotinhos dela e minha irmã sempre comentava que seriam lindos. Elas tentavam arrumar namorados para a Bianca, mas ela nunca aceitava. Eu as vezes ajudava minha mãe a tentar fazer com que ela cruzasse com um cachorro. Eu segurava a Bianca e minha mãe pegava o cachorrinho e ficava esfregando ele nela.

Nem preciso dizer que não dava certo… ela dava um latido, brigava com o cachorrinho e subia nele.

Todos os meus amigos morrem de rir quando eu conto essa história, foram eles que disseram que eu deveria contar isso no blog.

Quando a Bianca tinha uns 10 anos e a idade foi pesando, ela começou a sentir a necessidade de ser mãe. Então ela adotou um pintinho. Era a coisa mais linda do mundo. Ela colocava o pintinho nas costas e ele ficava ali o dia inteiro, só saindo para comer e beber. E o amor que os dois sentiam um pelo outro era incrível.

Eu fui crescendo. Ela também. Infelizmente a idade humana é tão diferente da dos cães. Eu me tornando adolescente e ela envelhecendo. Via seus pelos brancos aparecendo, sua atitude mais devagar, o latido mais fraco. Nos últimos anos ela passou a morar na chácara que meu pai tinha. Foi melhor para ela e doia menos em mim, pois sabia que ela estava prestes a partir.

Lá ela era livre, corria no pasto, entre vacas e galinhas. Descansava sob a sombra das árvores e nadava na piscina do vizinho. E era companheira do meu pai no seu trabalho solitário.

Lembro da última vez que nos vimos. Eu passava os apertos do meu primeiro amor e sofria com as injustiças do emprego onde trabalhava. Eu a abracei, beijei-a e desabafei tudo o que sentia. Perguntava pra ela porque tudo tinha que ser tão difícil na minha vida, sacrificado e demorado? Ela me olhava com amor, me lambia e dizia “Calma, tenha paciência. No fim tudo vai dar certo, você vai ver. E lembre-se: eu sempre vou te amar”. Dei um abraço apertado nela e me despedi. Alguma coisa já dizia em mim que seria nosso último encontro.

E foi. Meses depois meu pai e mãe deram-me a notícia. Após um dia de trabalho, ajudando meu pai e mãe na chácara, ela se deitou sob a sombra de uma árvore e dormiu, para sempre. 7 horas da noite recebi a notícia e meu pai me levou até ela. Eles não a enterraram porque sabiam o quão importante ela era para mim. Vi seu corpo frio, mas com uma certa alegria em seu rosto. Acariciei seu pelo, cortei um pedaço que guardo de recordação até hoje e a beijei pela última vez.

Uma lembrança que guardo foi um dia em que sem querer eu caí em cima dela e quase a machuquei. No momento ela avançou instintivamente em mim e foi com a boca aberta para morder minha perna. Mas minha mãe disse que nessa fração de segundo ela me reconheceu e não me mordeu. “Ela gosta muito de você mesmo, se fosse eu teria me mordido” – disse minha mãe. Eu abracei a Bianca e disse que ela ia ser minha amiga para sempre.

E será.

Afinal…

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas, como disse Antoine de Saint-Exupéry.

Ela até hoje é presente em minha vida, em meu trabalho, em meus desenhos, em meus textos e meus sonhos. Quando estou triste, lembro de seu amor e tudo fica bom novamente.

Posso até viver sem que nenhum humano tenha me amado, mas nunca poderei dizer que não fui amado. Bianca me ensinou a lutar pelos meus sonhos, a respeitar aos outros, a não ter preconceito, a não julgar e a me entregar de verdade ao que acredito e amo, sem medo do que os outros vão pensar ou julgar.

Bianca, obrigado por tudo… eu te amo… eternamente….

bjoooooo minha loirinha linda!!!

PS: e depois ainda tenho que contar do meu gato Chimena que era travesti e amigo da Bianca…hahahaha… É sério! rzz

Em algum lugar do passado

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Essa é uma foto da atriz Grace Kelly. Essa foto voltou junto com várias memórias do passado essa semana em minha vida. Essa foto é especial porque me faz lembrar do meu primeiro amor.

Ela se parecia com ela. Até no nome. Incrível. Não guardei nenhuma foto ou vídeo dela, mas assistir aos filmes ou ver fotos da Grace me remetem à ela imediatamente. Foi um amor impossível, que nunca se concretizou por culpa das besteiras que os homens criam e ainda dizem que é por vontade de Deus. Deus está do lado do amor, sempre, porque é o sentimento mais divino que existe. Mas o homem adora destruir a felicidade daqueles que tentam ser felizes.

Há exatos 10 anos eu era muito feliz e vivi uns dos momentos mais belos de minha vida. Guardo com carinho desse tempo, pois foi o que ficou e merece ser guardado.

Há 9 anos eu perdia um grande amor também, minha cachorrinha Bianca. E também perdia minha avó. E com a perda de minha vó comecei a perder meu pai.

Mas ganhei uma coisa. Há 9 anos descobri Clarice Lispector, lendo o livro “Laços de Família” para uma disciplina de uma maravilhosa e linda professora de literatura, que apesar de ter me ensinado muita coisa errada, despertou em mim o gosto pela escrita.

Há 9 anos descobri que era escritor e amava escrever.

E ano que vem, quando todas as emoções vividas no ano de 2000 começarem a completar 10 anos pretendo editar meu primeiro livro só meu, com meus contos e crônicas escritos desde então.

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O cachorrinho que tem medo

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No alojamento onde moro vivem alguns cães e gatos. Entre eles, tem duas cachorrinhas lindas, a branquinha e a pretinha, que vieram juntas e são como irmãs e inseparáveis. E também tem um cachorrinho que tem medo.

Ele não deixa ninguém aproximar-se dele, apenas minha amiga Mariana, que cuida dos bichos, é que consegue fazer carinho nele. Dizem que ele é assim por ter apanhado muito no passado. Se for verdade, dá muita raiva da criatura que fez mal a ele e tirou a confiança que ele tinha nos homens.

Basta você se aproximar e ele corre pra longe. Ele apareceu por aqui ano passado e desde então tento me aproximar dele. É difícil, ele é muito resistente e desconfiado.

Há um mês consegui me aproximar um pouco dele sem que ele fugisse. Quem tem ajudado são a pretinha e branquinha, que são amigas dele e muito carinhosas comigo. Elas chegaram a morar no banheiro do meu bloco em janeiro desse ano, porque elas tinham sido castradas e a pretinha estava no cio e não podia ficar perto de outros cães.

Enfim, ao me ver brincando com elas e como eles são amigos, acho que o cachorrinho que tem medo começou a gostar de mim. Aos poucos estou conseguindo me aproximar.

No domingo, enquanto conversava com a Mariana, ele quase deixou que eu o tocasse. Não deu, mas terça, quando voltava pra casa e fazia festa com a branquinha, ele se aproximou feliz e saltitante perto de mim. Nem acreditei. Estendi minha mão e ele aceitou, cheirou ela e a lambeu. Aí tentei fazer um carinho e ele deu um pulinho para trás, como dizendo: “Calma, uma coisa de cada vez”. Estendi novamente minha mão, ele veio feliz, lambeu-a e quando fui fazer um carinho, correu um pouco. Ficamos assim um bom tempo.

Isso me deu uma alegria muito grande, tenho muito carinho por ele e é difícil conseguir a confiança de alguém, o outro nunca vai saber de verdade se o que há em meu coração é bom ou não para ele. E a gente tem que respeitar o tempo de cada um, como estou respeitando o tempo desse cachorrinho que tem medo.

Minha irmã me diria que eu deveria me preocupar em desencalhar e não conquistar a amizade de um cachorro…hahaha Não importo, prefiro o amor dos animais, que dão muito sem pedir nada em troca e devolvem todo o carinho que damos sem que a gente espere retribuição.

Isso é amor e sem amor eu não sei viver.

PS: a foto é da pretinha e branquinha, de quando elas estavam no nosso banheiro em janeiro. Na outra foto o cachorrinho que tem medo está sozinho no fundo, na luz.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sagwa: A gatinha siamesa – Desenhos Preferidos (08 de 25)

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Esse é um desenho que passa no canal Futura e eu adoro. Aliás, todos os desenhos que passam no Futura são muito bons. Conta a história de uma gatinha siamesa e sua vida em uma província chinesa, onde ela mora na casa do mandarim, governador da província.

É um desenho infantil baseado no livro “Sagwa, the Chinese Siamese Cat” de Amy Tan e passa diversas lições de moral e ética apresentadas de forma lúdica através dos relacionamentos entre os personagens.

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Os personagens são: Sagwa, a principal, uma gatinha meiga, um pouco desajeitada, de bom coração e que possui uma habilidade ótima em caligrafia, ela pinta os caracteres chineses com perfeição, usando seu rabo e tinta nanquim, o que é adimirado por todos; Fu-fu, seu melhor amigo, um morceguinho que usa óculos e que é um ótimo amigo, carinhoso e também um tanto desajeitado; seus irmãos Sheegwa (irmã mais nova e responsável pelas maiores bagunças que acontecem) e Dongua (o irmão mais peralta e que mais implica com ela, mas se amam mesmo assim); Mamãe e Papai Miau, os pais de Sagwa, sempre muito presentes e preocupados com os filhos; Mandarim e sua família e funcionários (personagens humanos).

Histórias curtas, roteiros simples mas sempre muito eficientes, sempre valorizando a importância da amizade, amor, da família e dos bons sentimentos, como a sinceridade, perdão e gratidão. Sagwa e seus irmãos sempre passam por alguma dificuldade que põe em cheque seus princípios, como ciúme, perdas, proibições e medos. Através de suas atitudes e o reconhecimento dos seus erros eles sempre partem em busca de concertá-los e reestabelecer coisas que se romperam por causa de suas atitudes negativas.

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O melhor é que a cultura chinesa é muito bem aproveitada e respeitada, todo o desenho tem o clima das tradições chinesas e passa isso de forma respeitável, o que é algo a ser elogiado, tendo em vista não ser uma produção chinesa e sim americana.

Se algum dia você estiver triste ou desiludido com alguma coisa assista um episódio de Sagwa, sempre é reconfortante. O carinho de Sagwa passa a tela da TV e consegue nos encher de esperança e acreditar no poder da amizade.

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Não deu dessa vez…

Não aceitaram meu pré-projeto de pesquisa para o mestrado, ontem saiu a relação dos alunos que foram selecionados e o meu não foi aprovado.

Enfim, terei que esperar mais um ano. Tudo bem, até foi melhor assim porque dessa forma poderei me dedicar ao meu TCC e terei um tempo maior ano que vem para me preparar melhor ou escolher outro programa. Por que desistir jamais! Tudo tem seu momento certo para acontecer. Foi assim até agora em minha vida e não vai mudar.

Mais um exercício de espera e paciência. Vou me inspirar no rapaz apaixonado do filme Bonecas Russas…rzz

E eu quando tenho um sonho a realizar, não desisto nunca!

24 Horas

24h 

O tema da aula de ontem da disciplina de Seriado Televisivo foi 24h. Finalmente uma série que assisti algumas temporadas completas (vi as 3 primeiras e parte da 4).

E parece que foi ontem que assisti essa série!!! Ela começou nos EUA um mês depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, há 8 anos. Eu assisti a primeira temporada em 2003 e me recordava de todo o uso da tecnologia. Pois é, ela já está envelhecendo, os computadores ainda passam, mas a internet e, principalmente, os celulares… celular é uma coisa que envelhece muito rápido, em 2001 eles tinham a tela verde ainda.

A maior descoberta da aula foi saber que por trás de toda inovação e tecnologia da série seu conteúdo é o mais puro e tradicional melodrama. A série começa com Jack Bauer recomeçando sua vida com sua mulher e filha, tentando levar uma vida normal. Mas acontece um rompimento nessa ordem, sua filha é sequestrada ao mesmo tempo em que terroristas planejam um atentado contra o primeiro candidato negro à presidência dos EUA. Essa coisa de um herói que começa uma história bem, normalmente vivendo uma lua-de-mel, e que tem seu amor sequestrado pelo vilão, iniciando assim uma jornada em busca de seu amor, é mais antigo que andar para trás, presente desde os gregos, perpassando toda a história da arte, até chegar às novelas e seriados.

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Mas a principal inovação da série foi o uso de janelas múltiplas, que virou marca registrada da série. Janelas múltiplas são aqueles momentos em que a tela se divide em 3 ou quatro telas menores, onde cada uma mostra o que acontece com vários personagens aquele momento.

Ah, e claro, o uso do tempo foi fundamental para o sucesso da série. São 24 episódios onde cada um representa uma hora de um dia e passam a sensação de tempo real. Mesmo quando acontece os intervalos comerciais a ação não para. É o mesmo princípio dos reality shows.

Outra coisa importante da série foi o que está sendo conhecido como multimídia. Multimídia é aproveitar uma história (seja filme, livro, seriado, entre outras plataformas) e gerar dela outras histórias, que podem ser complementares ou que acrescentem informações ao produto original. Não confundir com simples adaptações, como quadrinhos que viraram séries e filmes, eles são independentes (se o Lex Luthor morrer no cinema ele pode não morrer nos quadrinhos, por exemplo).

Seriados atuais, como o 24h e Lost, usam e abusam das multimídias, gerando novos produtos na internet, celular, livros, entre outros. As multimídias são o futuro da arte e entretenimento.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Bonecas Russas

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Em agosto assisti ao filme “Albergue espanhol”. Esse filme conta a história de um rapaz francês que vai para Espanha por um ano de intercâmbio. O filme conta então suas primeiras impressões em um novo país, a dificuldade de se adaptar aos estudos, de se encontrar um bom lugar para morar e sua relação com outros colegas intercambistas, vindos de várias partes do mundo. Eu gostei, principalmente porque tem a Audrey Tautou no elenco, mas achei um pouco incompleto, no fim parece que ficou faltando algo.

Da última vez que estive em Passos fui na maravilhosa Locadora do Beto, que não é mais do falecido Beto e sim do simpático Marcos, onde a gente encontra um acervo maravilhoso de clássicos do cinema e filmes adoráveis e difíceis de encontrar por aí (além do que, se não tiver um filme e você sugerir ao Marcos, ele compra quando encontra num bom preço). Enfim, estava percorrendo as prateleiras e encontrei esse “Bonecas russas”. Minha surpresa foi descobrir que ele era continuação do “Albergue Espanhol”. Aluguei na hora, achei incrível terem feito uma continuação, é o tipo de filme que não imaginava ter uma sequência.

O filme começa alguns anos depois do primeiro. O protagonista agora é um escritor e ao longo do filme vai reencontrando antigos amigos daquela época e se envolvendo com algumas mulheres. Vou dizer uma coisa, o rapaz tem cara de santo mas não vale nada, nunca vi um homem tão sem jeito com mulheres. Ele diz cada absurdo para elas, não consegue conversar, sempre termina em briga. E quando a gente acha que ele encontrou a mulher perfeita e vai ser fiel, o rapaz dá uma mancada sem tamanho. Mas seu pior defeito é o peito cabeludo. Blerg!!! Nojento, deveria aparar a mata antes de fazer o filme, ainda mais que até pelado ele aparece. Duvido que havia no roteiro a necessidade de um rapaz francês de peito cabeludo…hahahaha

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O que favorece o reencontro de todos os antigos flatmates é o casamento do irmão de uma delas. Uma história de amor linda, ele trabalhava num teatro e conheceu uma bailarina russa que ensaiava lá com seu grupo, que estavam em temporada pela cidade. Eles se apaixonaram, porém não falavam a mesma língua. Ela voltou para a Rússia mas deixou o endereço com ele. Durante 1 ano ele aprendeu russo e economizou dinheiro e finalmente foi até a Rússia encontrar com ela. E deu certo, o amor ainda existia e logo resolveram se casar.

Essas histórias de amor me trazem sempre a pergunta: por que tem que demorar tanto tempo para que o amor se concretize? Acho que é porque existe a necessidade de mudança em ambas as partes. Com o tempo os enamorados descobrem realmente se o que sentem é amor de verdade ou paixão passageira. Quando percebem que é amor mesmo, fazem de tudo para conjugar com o outro, principalmente mudar o que precisa ser mudado, aprender o que precisa ser aprendido e, principalmente, acumulam a coragem necessária para pôr em prática tudo o que precisa ser feito. E é por isso que o amor é especial, nada muda para melhor uma pessoa do que o amor. Ninguém nunca é igual após descobrir o amor.

Quanto ao filme, é legal também, como o Albergue. Separados são fracos, mas juntos, um complementa o outro de forma perfeita, o que melhora muito e acaba com aquela sensação de que faltava algo.

Uma coisa a mais que me fez gostar desse filme é que eu moro em um alojamento com pessoas que vieram de lugares diferentes e com histórias e gostos muito diversos. E apesar de nunca ter ido para nenhum outro país, aqui na UFSCar a gente sempre esbarra com algum estrangeiro. Já conheci argentinos, uruguaios, bolivianos, cubanos, africanos, americanos, franceses, alemães, entre outros. Ano passado vieram duas meninas da Eslováquia. Lembro que um dia sentei atrás delas na biblioteca e fiquei observando elas conversarem na língua maluca delas. Também lembro de uma coisa engraçada, esse ano vi uma americana comendo no RU e ela ficou um tempão olhando para as saladas e legumes, sem fazer nada. Não sei o que se passou na cabeça dela, não sei se ela não conhecia a comida ou não sabia como pegar. Ela pegou tomate e foi para o arroz e feijão.

E no departamento do meu curso nós temos uma professora inglesa, a Chlöe. Nem preciso dizer que ela dá as melhores aulas de inglês da universidade. Infelizmente não consegui estudar com ela, porque durante os anos da minha graduação ela passou mais tempo na Inglaterra do que aqui, por causa de alguém da família dela que estava doente.

Muito bom essa troca de culturas e experiência que uma universidade federal promove.

PS: Não sei como consigo manter leitores no meu blog, eu emendo um assunto no outro como colcha de retalhos, de onde eu tiro a ideia de que vcs vão interessar saber da Locadora do Marcos, da americana que comeu no RU, da reflexão sobre a espera do amor ou da família doente da minha professora?!?!? Só eu mesmo…hahahaha

Crepúsculo dos Deuses

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Minha amiga Nadja indicou esse filme há alguns meses atrás, afirmando que seria um filme que eu ia gostar. Não consegui assistir porque não tem em nenhuma locadora e eu não posso baixar filmes na internet. Recentemente, tive uma ótima surpresa ao descobrir que ele estava na lista de filmes a assistir para o mestrado. Uma ótima oportunidade para comprá-lo! Pesquisei e encontrei num preço bom e encomendei, tinha certeza que não arrependeria.

E não me arrependi, é ótimo! A Nadja estava certa, eu adorei a Norma Desmond, protagonista do filme e interpretada pela Gloria Swanson.

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Norma é uma ex-estrela do cinema mudo, que ficou no esquecimento, mas que não admite nunca perder seu brilho e glamour. Ela conhece um roteirista endividado e que não consegue emplacar nenhum de seus roteiros, interpretado por Willian Holden. Como ela é uma mulher milionária, convence-o a trabalhar para ela, escrevendo o que ela pensa ser o seu novo sucesso no cinema e sua retomada. Ele aceita meio a contragosto e ao longo do filme a mulher se mostra apaixonada e completamente obcecada por ele, beirando à loucura.

E ela é louca, orgulhosa, completamente vaidosa e vive em um mundo de ilusão que ela acredita ser real. E como ela adora jogar na cara dos outros que é rica! Uma personagem super complexa e muito bem interpretada, Gloria Swanson arrebenta. Um dos melhores momentos do filme é quando ela conhece o moço e ele diz:

“You’re Norma Desmond. You were big in silent pictures” “É Norma Desmond. Era uma grande atriz do cinema mudo”

E ela projeta o rosto para a frente, muda o olhar e diz com imponência: “I am big. It’s the pictures that got small” “Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos”. Uma coisa bem Suzana Vieira…hahahaha

Um luxo!

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Minha primeira receita

A primeira receita que fiz na vida foram balas de baunilha. Fiz quando tinha 8 anos. Foi a primeira vez que minha mãe liberou a cozinha para eu usar. Lembro que achei a receita em uma revista que minha irmã assinava, era mês de outubro e eram receitas para crianças, em homenagem ao Dia das Crianças.

Lembro até hoje o quanto fiquei feliz por minha mãe ter permitido e por ter conseguido fazer as balas. Elas ficaram gostosas. E claro que minha irmã disse que ficaram horríveis. Mas eu e meu pai chupamos todas.

Lembrei disso porque não tenho mais a receita, a revista deve ter ido para o lixo há anos e nunca mais encontrei nenhuma receita parecida. Lembro de alguns ingredientes, como o glaçúcar, essencia de baunilha e clara de ovos, mas não lembro o resto nem como se faz. Elas ficam branquinhas e duras, como pequenos torrões de açúcar.

Se algum dia aparecer alguém por esse blog que por acaso conheça uma receita parecida, por favor me avise, ficaria muito contente.

Pequeno tesouro encontrado

 

Encontrei um pequeno tesouro. Ele ficou oculto até agora. E estava tão próximo, escondido nos meus favoritos. Eu que sempre fui muito curioso e reviro sites de pernas para o ar, não deixo escapar um link, uma informação que seja, principalmente de algo ou alguém que gosto, deixei escapar algo que só vi agora.

Mas acho que li na hora certa.

É um tesouro muito bonitinho e bobo, que me deixou de olhos molhados. Sabe a sensação de encontrar um diário perdido por aí? Pois é, estou assim agora. Esse meu tesouro tem músicas lindas, cheiros incríveis, poesias belíssimas e memórias esquecidas no tempo.

Desculpe… nem tente me entender agora, não há muito a ser entendido, apenas sentido. Deus conversa comigo de forma sutil, com detalhes tão pequenos que somente eu e Ele entendemos. Isso me deixa feliz. E meu coração também!

Aliás, agora meu coração dá um pouco de sossego, graças! Meu TCC agradece. :)

Boa semana a todos!

Todo Meu Ouro

Kid Abelha

Composição: Bruno Fortunato / George Israel / Paula Toller

De longe eu penso em você
E com meus olhos fechados
Te vejo ao lado respirando
Sinto um calor se propagando

Noto você na minha frente
Se materializar na minha frente

E volto a ver o teu tamanho
Saber o teu lugar

E desejo o desejo
Do perigo de um novo jeito

Um mar de lava incandescente
Faz de repente ver
Que eu quero esse mistério sempre
Não quero te perder

E desejo o perigo
Do desejo de um novo jeito

Arrisco todo o meu ouro
Dou meu amor como garantia
Para encontrar um tesouro
E não bijuteria

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

The tale of horribly good

Once upon a time, a long time ago there was a little girl called Bertha. She was always well-behaved and worked hard at school to please her parents and her teachers. She was never late, never dirty, never rude, and never told lies.

She wasn’t pretty at all. She was just horribly good. Bertha was so good that she won three gold medals. One said Never Late, one said Always Polite, and the third said Best Child in the World.

Anyway, Bertha was so good that the king invited her to his palace. So she put on her best clean white dress and she pinned her three medals to the front, and she walked through the woods to the king’s palace. But in the woods there lived a big hungry wolf. He saw Bertha’s lovely white dress through the trees and he heard the medals clinking together as she walked.

“Aha!” thought the wolf. “Lunch!” And he started to move quickly but quietly through the trees toward Bertha.”

“Oh, no!” cried the children. “Is he going to eat Bertha?”

“Yes, of course”. Bertha tried to run away, but she couldn’t run fast because the medals were so heavy. The wolf caught her easily and he ate everything, every bit of Bertha, except her three medals”.

Fonte: SOARS, L.; SOARS, J. American headway 1. New York: Oxford University Press, 2001.

Moral da história: bonzinho só se fode…rzz

Resumo da história: Era uma vez uma menina muito boazinha, estudiosa e aplicada. Ela não era bonita, mas era tão boa que ganhou 3 medalhas por suas qualidades. Ela era tão boa que até o rei quis conhecê-la, por isso a convidou para visitar o seu palácio. Ela vestiu seu mais belo vestido e colocou as medalhas no pescoço e seguiu pela floresta para ir ao palácio. Porém, nessa floresta vivia um lobo feroz e faminto que a viu pelo seu vestido e pelo barulho das medalhas. Ele resolveu comê-la e foi atrás da menina. Ela até tentou fugir correndo, mas o peso das medalhas não permitia que ela fosse mais rápida. Então o lobo a alcançou e devorou-a inteirinha, menos as suas 3 medalhas.

Mais uma notícia triste…

A mãe de mais um amigo se foi…

Triste… :(

sábado, 24 de outubro de 2009

Notas…

Paciência é uma coisa que a minha mãe não tem e minha irmã menos ainda. Liguei para minha mãe agora mesmo e ela me contou que meu pai tentou fugir de casa ontem à tarde novamente, pulando o muro. Um muro de quase 3 metros e com arame por cima!!! Ao menos os vizinhos se mobilizaram dessa vez e ajudaram. Meu pai se machucou um pouco, mas nada sério.

O que me preocupa não é ele, mas quando mamãe for falar com a minha irmã. Elas só sabem brigar, reclamar uma da outra, numa falta de paciência total. Por favor, se alguém tiver um pouco de paciência sobrando envie para mim que preciso aplicar um pouco nas duas…

Mas uma coisa eu digo, meu pai pode estar com alzhaimer mas tem uma saúde física invejável. Eita homem forte, não tem nenhuma outra doença (tem um problema no olho que já foi operado várias vezes e agora não dá mais para operar e que o faz perder parte da visão), pula um muro enorme como criança e quase nem tem cabelo branco. Espero chegar à essa idade com um físico assim.

Eu havia recebido um cartão postal do meu amigo Gleydson, que mora lá no Canadá. Mas qual foi a minha surpresa ao descobrir que não era apenas 1 cartão, eram 5!!! Eu adoro receber postais, com surpresa então mais ainda. Minha mãe acabou de me contar que chegaram os outros. Fiquei feliz Gleydson, muuuuuito obrigado mesmo!!! :D

Gosto tanto de postais que me cadastrei em um site que realiza troca de postais entre seus membros do mundo todo. O site se chama Postcrossing e é só se cadastrar, preencher seu perfil e começar a participar. Tenho 4 cartões para enviar agora para os seguintes países: EUA, China, Alemanha e Noruega. É a globalização das minhas amizades…rzz

No começo do ano fiz uma brincadeira no meu orkut. Eu percebi que quase ninguém lê os perfis completos das pessoas, pois a própria arquitetura da página dificulta isso. Eu sempre tive um cuidado em atualizar meus gostos, minhas preferências e perceber que não servia para nada era dose. Então fiz uma brincadeira, deixei algumas frases de humor no final e disse que se alguém lesse aquilo poderia entrar em contato comigo que eu daria um presente (1 brigadeiro ou 3 paçocas). Passaram-se meses e eu já tinha até me esquecido disso, quando chegou setembro e eu recebi um recado de uma menina, amiga de uns amigos meus, dizendo que leu sobre o brinde e disse que ia querer as paçocas. Eu adorei, adicionei ela na hora e fiquei feliz com a interação. Na semana do feriado eu fiz um embrulho bem bonito para as paçoquinhas, escrevi um cartão e pedi ao meu amigo Douglas para entregar à menina para mim. Acho que ele ainda não entregou porque nem ele e nem ela comentaram ainda. Mas fiquei feliz com a brincadeira.

Agora quero bolar outra…

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Mais sonhos… hoje sonhei que havia recebido uma mensagem de alguém que eu não conheço no mundo real, mas que no sonho parecia ser conhecida. Essa mensagem estava na internet e eu fui procurar para ler. Só que a internet dos meus sonhos é chique, bem!…rzz Não precisa de computador, ou melhor, o computador é mega ultra moderno. Sabe aqueles computadores do filme Homem de Ferro, com realidade aumentada (acho que é esse o nome, é tipo holografia)? Pois bem, a internet dos meus sonhos é assim, ela se projeta em uma sala inteira da minha casa. Pois bem, fui conferir o recado, só que havia um vidro enorme impedindo minha visão, custei a ler e quando li estava invertido. A mensagem era muito constrangedora, eu fiquei morrendo de vergonha apesar de achar engraçado e divertido. A pessoa dizia estar bêbada e que havia criado coragem para se declarar apaixonada por mim. Depois que eu ri, fiquei com muita vergonha e sem saber se deveria responder ou não, apagar ou deixar. Na dúvida desliguei sem fazer nada e fui embora. Fim do sonho.

O título desse post é notas… eu não posso me esquecer de corrigir os trabalhos dos meus alunos!!! Vou passar esse fim de semana escrevendo meu TCC. Por favor, quando eu terminar esse sufoco de provas e trabalhos, me convidem para sair, viajar, beber, dançar, conversar… qualquer coisa!!! Preciso de vida social novamente!!! hahahaha

Bom fim de semana à todos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Momento velho ranzinza

Odeio gente que vai ao banheiro e não lava as mãos.

Odeio gente que trabalha com a cara amarrada e te fuzila com o olhar querendo descontar sua insatisfação na gente.

Odeio gente que diz detestar o orkut e que o facebook é melhor, só que vc olha o facebook da pessoa e só tem mensagens de joguinhos e testes bestas.

Odeio azeitona. Essa é hors concours. Só está aqui para caso algum amigo meu ainda não saiba do meu ódio contra azeitonas…rzz Azeite eu gosto. :)

Mensagem do tarô para essa sexta

O tarô hoje me disse o seguinte:

[…]seus problemas neste momento pode ser superados a partir de uma atitude persistente, paciente e prudente. Há momentos em que a melhor estratégia é a indireta, sem confrontos objetivos. Siga “comendo pelas beiradas” e você terá mais sucesso do que se tiver muita pressa.
Conselho: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Acho que estou no caminho certo. E é a terceira vez que sai essa carta em 6 meses e em todas fiz a mesma mentalização. Meu coração sorri feliz e agradece… :)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os padrinhos mágicos (The Fairly OddParents) – Desenhos Preferidos (07 de 25)

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Sabe aquele tipo de desenho que você começa a assistir achando que vai ser bobo e sem graça? Aí você assiste um episódio, assiste outro, outro… quando vê está fascinado e fã? Pois bem, esse é um deles.

“Os Padrinhos Mágicos” é uma animação americana, criação de Buth Hartman e exibida pela Nickelodeon. Conta a história do menino Timmy Turner, um garoto de 10 anos que possui duas fadas como padrinhos mágicos, o Cosmo e a Wanda. Os padrinhos mágicos podem realizar qualquer coisa que o menino pedir, desde que não viole as Regras das Fadas. O que parece ser algo fantástico e a solução para todos os problemas do garoto, na verdade não é, pois cada pedido que o Timmy faz e os padrinhos realizam acaba gerando outros problemas ainda maiores, numa bola de neve sem fim, resultando em um verdadeiro caos e situações que beiram a loucura.

A grande mensagem do desenho é que nossos problemas, por mais difíceis que aparentam ser e por mais erros que a gente cometa, sempre são melhores do que se não existissem. Sem eles, outros surgiriam, então não adianta lutar contra, o importante é saber viver nossa vida administrando nossos erros e problemas, procurando extrair deles aprendizado. É por causa deles que amadurecemos e nos tornamos pessoas melhores.

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Mais uma coisa que preciso dizer sobre esse desenho: tenho certeza que o Cosmo é o meu padrinho mágico…hahaha Quando tinha 14 anos decidi que estava pronto para amar e fiz o seguinte pedido: “Eu gostaria de amar e ser amado. Queria encontrar um grande amor, alguém que fosse como eu e que me amasse também, me entendendo, me ajudando e me completando”. O pedido foi realizado, mas com um porém, eu pedi um “amor”, uma “história de amor”. Em nenhum momento no meu pedido explicitei que além de amar queria um relacionamento completo, concreto, palpável. Me ferrei!!! Encontrei um amor, lindo, maravilhoso, mas… impossível. Sofri anos seguidos como aqueles heróis da literatura romântica. Depois encontrei um novo amor, que também não deu certo e foi pra longe. Eu era a pessoa certa na hora errada... Aí veio outro, uma verdadeira alma gêmea… mas com vários desastres, até que foi-se embora para um lugar lindo, montanhoso, um verdadeiro paraíso... Então surgiu um que nem dei muita bola, mas que por fim acabei me interessando. Mas foi só me interessar para que as malas fossem feitas e um até breve fosse dito. Finalmente, mais um surgiu, subitamente, absurdamente diferente de todos os outros mas incrivelmente perfeito para o meu coração, tanto que me transformou por completo. Mas com a mesma rapidez que chegou, se foi… pra mais longe ainda… Cosmoooo!!! Seu miserável, porque você não é capaz de ler nas entrelinhas, meu filho? E agora? De acordo com as Regras das Fadas um padrinho mágico não pode interferir numa paixão ou amor verdadeiro. “Oh vida! Oh Céus!” diria o Hardy…rzz

Eu me sinto um menino que fica admirando pássaros de sua janela. Um menino que sonha em tocá-los, acariciá-los, beijá-los… mas que não pode, pois sempre que se aproxima as belas aves voam para bem longe. E o menino fica ali, sozinho, esperando por uma nova ave, um novo canto, uma nova cor, enquanto seu pobre coração transborda de excesso de amor e inunda toda sua casa, para desespero de sua mãe…rzz

Às vezes sinto vontade de fazer um novo pedido ao Cosmo, mas como sempre acaba acontecendo algo imprevisível e ainda mais complicado, sempre desisto. O melhor é aceitar as coisas como são. Sempre haverá alpiste e água fresca em minha casa e nenhuma gaiola. Nada é mais lindo do que a liberdade de uma ave no céu. Elas só precisam parar de ter medo. Se eu já até consegui pegar um beija-flor na mão e ele não ficou com medo, tenho certeza que as outras aves um dia confiarão em mim também e no meu amor.

Mas que pataquada, parei de falar do desenho pra escrever uma historinha besta sobre mim…rzz Voltemos ao desenho: escolhi como exemplo um de seus melhores episódios, o “Dejavu”. Nele fica bem claro o quanto pode ser desastroso os pedidos feitos pelo Timmy e como ele acaba perdendo o controle do que resulta deles.

PS: eu havia terminado de escrever esse post quando de repente ele sumiu! Apagou do nada e eu não havia salvo. Meu primeiro impulso foi reclamar e chorar as pitangas, porém imediatamente disse que não reclamaria, iria escrever tudo novamente, pacientemente, sem cortar nada e sem preguiça. Consegui!!! E ficou muito melhor do que a primeira versão. Tô aprendendo muita coisas com os meus desenhos preferidos…hehehe

Aquele sobre café, pimenta, perfume e… sonhos (de novo) :)

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Comprei o novo perfume d’O Boticário: Coffee Man. E tudo por causa de (mais) um sonho. Deixe-me explicar.

No começo da semana tive o seguinte sonho: estava em um shopping e resolvi entrar em uma perfumaria chamada Arezzo (é um sonho, não se esqueça). Entrei na loja e uma moça super simpática veio me atender. Ela me corrigiu dizendo que eu estava pronunciando o nome da loja errado e me ensinou como era, mas muito educada. Olhei para as vitrines e vi que todos os perfumes eram lindos porém caros demais. Disse então que queria um desodorante, que eram os mais baratos. Ela então disse que tinha um último lançamento chamado Hot. Esse perfume era feito de pimenta, tinha a embalagem vermelha com uma pimentinha desenhada e um perfume delicioso. Comprei e acabou o sonho. Acordei e anotei ele no meu caderninho de sonhos.

Os dias passaram e até esqueci desse sonho. Hoje à tarde resolvi ir ao shopping porque precisava comprar um mouse e fone de ouvidos novos, um tênis e algumas roupas (meu cartão chegou finalmente!!!). Ao entrar vi uma placa na loja d’O Boticário informando que eles estavam em reforma e indicando o local provisório. Lembrei que precisava comprar desodorante porque o meu havia acabado, porém ainda sem lembrar do sonho.

Cheguei lá e a atendente, muito simpática e educada, começou a me mostrar os desodorantes. Escolhi um e já ia pagar quando ela me disse que havia uma promoção, se eu comprasse um perfume junto ganharia outro desodorante. Não me animei muito pois não era minha intenção, mas cedi e fui conferir os perfumes. Cheira um, cheira outro, até que ela me indicou o último lançamento, o Coffee Man. Senti o cheiro: delicioso, fiquei perdidamente apaixonado pelo perfume. Nem pensei no preço salgado do bichinho, comprei. E ainda voltei nos desodorantes para escolher outro de brinde.

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Enquanto esperava para pagar, lembrei do sonho e comentei com a vendedora. Ela e as outras meninas sorriram e me disseram: “Mas olha, que curioso, esse perfume tem pimenta também”. Não acreditei. “Aproveita, vai te dar sorte”.

Chegando em casa eu li a embalagem e descobri que ele também tem inspiração na cultura indiana. Perfeito! Nunca fiquei tão feliz com um perfume como esse. O cheiro além de café lembra também chocolate, daqueles amargos, os que eu mais gosto. Agora meu problema vai ser que sempre que eu usar vou ficar com vontade de tomar café e comer chocolate toblerone negro, que é o que eu mais gosto. Estou tão delicioso que eu me apaixonei por mim mesmo…hahahaha

Se você se interessar pelo perfume aqui vai alguns dados sobre ele:

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O Boticário buscou inspiração no café, consumido em grande parte dos países, e investiu cerca de R$ 2 milhões para o lançamento de Coffee Man e Coffee Woman, que chegam às cerca de 2.700 lojas de todo o País em 5 de outubro deste ano. A empresa, que já se destaca no setor da perfumaria com a produção de fragrâncias inspiradas no mundo dos vinhos, a partir de agora também se torna a primeira marca nacional a lançar perfumes obtidos a partir do processo de infusão de grãos de café especial, outra bebida internacionalmente consagrada.

Coffee Man – 100 ml – Preço sugerido: R$ 79,00
Família Olfativa: Oriental Amadeirado
Saída: Bergamota, Cardamomo, Gengibre, Folha de Bambu, Folhas de Pimenta, Pomelo
Corpo: Fourgére Spicy, Noz Moscada, Schinus Molle CO2, Folhas de Tabaco, Davana Oil Lmr, Gerânio, Violeta, Íris
Fundo: Generessence Café, Pachouli, Âmbar, Couro, Sândalo, Cedro,Living Bourbon “toasted”

Coffee Woman – 100 ml – Preço sugerido: R$ 79,00
Família Olfativa: Floral Oriental
Saída: Bergamota, Maçã, Folhas Verdes
Corpo: Jasmim, Flor de Laranjeira, Extrato de Café
Fundo: Benjoim, Âmbar, Musk, Sândalo, Baunilha, Coffee Oil CO2

PS: uma última curiosidade: Arezzo é uma marca de calçados e bolsas, certo? O Coffee Man possui fundo de couro… Meus sonhos estão cada vez mais afiados. ;)

PS2: segundo a tradição, pimenta protege contra a inveja. Sinto-me ainda mais confiante… :)

I want to believe – The X Files

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Ontem o tema da aula de seriado foi Arquivo X. Assistimos 2 episódios, o piloto e o último da terceira temporada, e conversamos sobre essa série. Para quem não conhece, a série acompanha o trabalho dos agentes especiais do FBI Fox Mulder e Dana Scully designados à investigar casos sem explicação. Essa série foi um grande sucesso da década de 90, ela começou em 1993 e teve 9 temporadas. Conspirações, alienígenas e outros grandes mistérios foram os temperos que viciaram uma gama enorme de fãs pelo mundo todo.

Uma coisa curiosa sobre essa série é a inversão de papéis de gênero, Dana é a cética, totalmente racional, enquanto Mulder é emotivo e intuitivo. Juntos, um complementa o outro e gera a química perfeita entre os dois. Nos casos, normamlmente, ele é quem entrevista as pessoas, conversa, enquanto ela está atrás de provas, fatos. Ele acredita em tudo, ela em nada.

E aí vem o grande lance da série e que se tornou a principal discussão filosófica da nossa aula ontem: “O que é a verdade?”

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A frase que tematiza o seriado é “A verdade está lá fora”. Durante todos os anos em que a série esteve no ar, todos os fãs esperavam saber o que era essa verdade. Mas ela nunca chegou. Ou melhor, a série mostrou o quão relativo o conceito de verdade é. Esse último episódio da terceira temporada que assistimos mostra bem isso. Nele a Scully é entrevistada por um escritor que quer contar a história de um casal de jovens que supostamente teriam sido abduzidos por alienígenas. O legal do episódio é que ele mostra as diversas visões do acontecido sob o ponto de vista dos relatos dos envolvidos e embora todos falem sobre o assunto todos os relatos são diferentes e contraditórios. Isso mostra o peso que a memória tem e como o que entendemos como “verdade” pode ser manipulado e modificado sem a gente perceber.

Eu vejo o meu pai como exemplo. Semana passada, durante a madrugada, ele acordou querendo ir embora. Ao conversar com ele e pedir que ele fosse dormir na cama ele disse que não, não podia dormir ali porque ela estava cheia de mato e molhada e tinha um monte de gente que iria buscá-lo. Não adiantaria nada eu querer mudar essa verdade dele, eu tive que entrar nesse mundo dele e o deixei na sala esperando. O que ele disse era verdadeiro para ele, era uma verdade palpável, visível e clara, mas que apenas ele percebia.

E na terça o programa Profissão Repórter da rede Globo mostrou a vida de pacientes com problemas mentais. Para nós que assistimos a entrevistas e nos consideramos “normais” tudo o que eles diziam era loucura e engraçado. Mas para eles aquilo era real, era verdadeiro.

A verdade parece ser algo muito subjetiva. Na verdade estamos todos num grande breu e nos agarramos ao que dá, chamando aquilo de verdade. E se a verdade está lá fora a mentira deve estar aqui dentro, e, mais importante do que entender o que é a verdade, é entender o que é a mentira.

Ninguém questiona a mentira, porque ela parece ser muito clara. Desde cedo aprendemos que quando somos desonestos e fugimos da verdade, mentimos. Mas, se não sabemos o que é verdade, como podemos mentir?

A resposta a série não conseguiu dar como os fãs desejavam. Ela foi esticada mais do que deveria e isso atrapalhou sua conclusão. Mas, de qualquer forma, eles nunca chegariam a uma verdade.

Se até Cristo se calou quando questionado sobre o que era a verdade…

Enfim, a gente só quer acreditar…

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Suplicy e a polêmica com o Pânico

Fiquei sabendo ontem que rolou uma polêmica envolvendo o senador Eduardo Suplicy com o programa Pânico na TV, da Rede TV. O senador gravou um quadro com a Sabrina onde ele vestia uma cueca vermelha sobre a calça, como se fosse um super-herói, e ainda aceitou aparecer no programa no domingo. A foto saiu no jornal e vários senadores ameaçaram cassá-lo por conta disso. Ele então fez um acordo com o Emílio do Pânico e essa sua participação foi cancelada e suas cenas com a cueca sairam do quadro que foi ao ar. Domingo após a exibição do quadro o Emílio pediu desculpas e disse que não era intuito do programa prejudicar ninguém.

Enfim, agora vou explicar porque estou comentando esse fato. O Suplicy veio até a UFSCar semana passada dar uma palestra. Foi no dia seguinte da foto dele ter saído no jornal e a polêmica ter início. Meu amigo flatmate, o Didi, cientista político, baiano e folgado, foi nessa palestra (foi ele quem me contou, porque eu não estava em São Carlos nesse dia e não pude ir). Em certo momento, o Suplicy comentou sobre o acontecido e disse que estava preocupado com seu futuro.

Num momento de silêncio geral após o Suplicy ter comentado isso sabe o que o Didi fez? Gritou isso:

- Liga não Suplicy, relaxa e goza!!!

hahahahahahahaha

Como eu queria ter ido nessa palestra, não teve uma alma no recinto que não caiu na gargalhada, segundo o Didi…rzz

Indo pros finalmente

Tenho 25 dias para terminar meu trabalho de conclusão de curso e estou mais atrasado do que menstruação de periguete. Não deu pra fazer nem metade do que eu e minha orientadora pretendíamos inicialmente, mas vai ficar um trabalho bacana. Tudo o que não deu pra fazer vou deixar para o mestrado.

E para a prova do mestrado faltam apenas 20 dias para elas acontecerem! Pouquíssimo tempo para muitíssima matéria a estudar. Sem contar o meu inglês que a cada dia está pior, parece que estou regredindo ao invés de progredir… mas estou confiante, mesmo porque se eu não passar vou poder continuar como aluno especial no próximo ano e os créditos cursados podem ser aproveitados quando eu entrar. Então, é como se estivesse passado. Mas se eu passar agora vai ser bom demais!!!

Enfim, tá tudo azul, adão e eva e o paraíso…hahaha e bota azul nisso, porque é a cor principal dos filmes do Tim Burton…rzz Estou calmo, tranquilo e despreocupado. E feliz por estar assim, a experiência acumulada nos últimos anos, principalmente as quedas, me ajudaram a ficar mais forte.

domingo, 18 de outubro de 2009

Seca arruda

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Foi um primo da minha mãe lá em casa dia desses e colheu um raminho de arruda sem pedir pra minha mãe. Resultado: a pobre plantinha secou inteira. É incrível como tem gente tão negativa. Arruda é uma das melhores plantas para se ter em casa pois protege do mau olhado e da inveja e descarrega toda a energia negativa que a gente possa ter. Mas é preciso cuidados, somente os donos podem colher seus galhos, ela deve ficar plantada em um lugar discreto junto com outras plantas e é sempre bom ter dois pés plantados, em lugares diferentes, para o caso de uma secar a gente poder pegar uma muda da outra para plantar no lugar.

Sempre é bom colocar um raminho de arruda atrás da orelha para descarregar as más energias e a inveja durante um tempo. Dia desses eu e minha irmã colocamos, a dela murchou rapidinho, a minha continuou verdinha, mesmo depois de uma hora.

Conversa com o tarô

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Sempre que venho pra Passos aproveito um momento para tirar as cartas do tarô. Desde o começo do ano, quando tiro para mim, sempre saem as mesmas cartas, dentro de um conjunto de cartas, com uma mensagem semelhante, sempre positiva. E o engraçado é que se faço o jogo por algum site da internet elas saem também. Mas se eu tiro pra outra pessoa, sempre saem outras (senão acharia que meu baralho está viciado…rzz).

Desta vez ainda não havia tirado. Nessa madrugada por conta do horário de verão, do meu pai que insistia que queria ir trabalhar e por conta do calor, eu não conseguia dormir. De repente me lembrei de uma pessoa e surgiu uma vontade enorme de ler o tarô dela. Não entendi, mas corri pra pegar as cartas. Fiquei assustado, das 5 cartas que eu tirei, quatro eram as mesmas que haviam saído para mim da última vez, sendo que duas haviam invertido a ordem. A mensagem é linda e está de acordo com o presente. E o que elas dizem para o futuro próximo é maravilhoso, mas… isso me assusta… que coisa…

Gosto dessas coincidências, é a forma que o universo tem para conversar com a gente… mas que dá um pouquinho de medo dos próximos capítulos, isso dá…rzz

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Torta de Legumes

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A receita original é da minha tia Rosa e é de frango, mas eu só mudei o recheio, a massa é a mesma. É que eu não tinha frango e o Beto me pediu algo mais leve.

Vamos lá:

Ingredientes:

2 ovos

1 xícara rasa de óleo

1 copo de leite

1 colher de chá de sal

1 colher de chá de açúcar

2 copos de farinha de trigo

1 colher de sobremesa de fermento em pó químico

Recheio:

1 lata de ervilhas

1 lata de milho verde

1 píres de queijo ralado

1 píres de cebola picada

1 píres de cebolinha picada

Parmesão ralado para cobertura

Modo de preparo:

É tão difícil…rzz Bata todos os ingredientes da massa e depois misture o recheio. Deixe o forno pré-aquecido, coloque a massa na forma e salpique com o parmesão ralado. Deixe assar entre 20 e 30 minutos.

Você pode bater os ingredientes no liquidificador. Eu particularmente prefiro bater à mão com colher de pau. O liquidificador da minha mãe queimou, mas além disso eu gosto mesmo de bater na mão, parece que a massa fica melhor. Antigamente os mineiros batiam seus bolos em latas de alumínio de óleo, não sei nem se vocês se lembram dessas latas, elas tinhas 25 litros, eu acho, aí eles abriam a parte de cima delas e as mulheres usavam na cozinha de vasilha para bater bolo. Aprendi isso numa oficina de Tradições Mineiras que participei em 2002 e pela minha mãe que chegou a usar essas latas quando ela morava na roça.

Fotos do preparo da torta:

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