terça-feira, 24 de março de 2015

Sobre Consertando Frank e outras vivências vividas



Fim de semana que passou estive em São Paulo e assisti a peça que comentei aqui, Consertando Frank. É ótima, texto forte, profundo, direção precisa e interpretações de deixar a gente arrepiado.

Sabe o que mais gosto e mais emociona ao ver uma boa peça no teatro? O brilho nos olhos dos atores! E em Consertando Frank o brilho dos olhos dos meus xarás Rubens e Chico até cega a gente de tanto brilho e vivacidade. Recomendo, continua em cartaz até o fim de abril.

Vou publicar aqui também o texto que escrevi após assistir a peça em meu Facebook:

Que dia, meus senhores, que dia! Saí das Minas Gerais logo cedo com destino à terra da garoa e das filas, em busca de um dia mergulhado em cultura e arte, mas acabei vivendo mais que isso, realizei diversas viagens no tempo, me reencontrando nas diversas fases da vida que vivi. Passei a tarde ao lado de grandes mestres: Picasso, Monet, Van Gogh, Modigliani, Manet, Renoir... Vi de perto suas texturas, suas camadas de tinta, seus erros que viraram acertos e me Revi de volta aos 18 anos, época em empunhava pincéis e aprendia a expressar ideias e sentimentos por meio das tintas... A noite visitei Jessica Lange e seus exercícios fotográficos, seus fragmentos de realidade capturados e eternizados em imagens fotográficas... Voltei aos meus 25 anos, quando tive minha primeira câmera, na verdade um celular com uma câmera de 0.9 megapixels que pra mim tinha a resolução perfeita para registrar minha visão míope da realidade... Ai voltei mais ainda no tempo, ao entardecer da minha infância, quando eu corria pra comprar leite de cabra da minha sobrinha Gabriela Zambuzi e voltar logo pra casa a tempo dela tomar seu leite com maltodextrina de milho e eu de assistir Castelo Ra-tim-bum, que naquela época já era reprise, mas pra mim era novidade e me enchia de criatividade e alegria. Por fim, fui ao teatro ver o grande Chico Carvalho em cena, junto com os igualmente grandes Rubens Caribé e Henrique Schafer, que explodiram no palco em um texto intenso, vibrante e forte, rasgando nossa alma e espírito!! La vou eu novamente voar no tempo, na minha adolescência, quando dirigi e adaptei um conto de Luis Fernando Veríssimo para uma peça escolar e despudoradamente coloquei duas meninas em flerte no palco, que não era palco, mas sim o chão da sala que servia de auditório audiovisual e biblioteca (e eu nem imaginava que seria esse o palco da minha vida no futuro)... Pra finalizar ganhei um abraço grátis de um desconhecido, ao som de Asa Branca do mestre Luiz Gonzaga... Ahhh Santa Tereza, hoje compreendo teu gozo, teu êxtase!! Como não se entregar de corpo e alma quando a vida lhe convida a viver um momento mágico?? Não é apenas uma fuga da realidade, mas também um encontro consigo mesmo, um reequilíbrio de sua vida diária. Só falta mesmo rever a querida Cássia Fukuda pra encerrar com chave de ouro esse fim de semana mágico e especial!! PS: não se iludam meus senhores, essa verborragia toda em plena madrugada não é um exercício da estética da palavra, passa longe disso... É apenas um relato de um gordo morrendo de preguiça de subir em uma cama beliche no breu de um quarto cheio de gente já no auge da fase REM de seus sonos!! ‪#‎GordoSofre‬


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