terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sobre preconceito e Driving Miss Daisy

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“A História terá de registrar que a maior tragédia deste período de transição social não foram as palavras ácidas e as ações violentas das pessoas más, mas o assombroso silêncio e a indiferença das pessoas boas”

Martin Luther King

Retirei essa citação do filme “Conduzindo Miss Daisy”, e achei muito relevante e atual. Aliás, esse filme é belíssimo, um dos mais lindos e ternos que já assisti e mais do que merecido o Oscar de 1990.

Miss Daisy é um filme que levei muito tempo pra assistir, por puro preconceito. Não achava graça em um filme que contava a história de uma velha rica e seu motorista, além de achar um absurdo esse filme ter tirado o Oscar de filmes como “Sociedade dos poetas mortos”, “Nascido em 4 de Julho” e “Meu pé esquerdo”.

No dia de Natal resolvi dar o braço a torcer e assistir. Realmente, a história é basicamente isso, a convivência de uma idosa rica e seu mordomo negro na década de 50. Falando assim, parece bobo, mas não é. A construção dos 2 personagens é uma coisa absurda de tão maravilhosa, eles nos cativam desde a primeira aparição na tela, e ficamos ligados a eles durante todo o filme. Morgan Freeman e Jessica Tandy mesclan momentos dramáticos e cômicos de uma forma muito gostosa e é lindo a forma como ele vai a cativando aos poucos.

O tema do preconceito e o momento político em que vivem nunca ficam em primeiro plano, estão sempre camuflados, e isso é uma das maiores qualidades do roteiro, que abusa da simplicidade, mesmo tratando de tantos temas complexos.

Se você ainda não assistiu, vale a pena conferir!!

MissDaisy

3 comentários:

Soraya Carvalho disse...

eu sempre quis ver esse filme... Mais pela presença de Rupert Everett do que pelo oscar... Kkkk

Sheila disse...

Deu vontade de rever, até porque quando vi era novinha e acho que perdi muita coisa bacana.

Beijão.

Soraya Carvalho disse...

vc perdeu o RUPERT EVERETT, Sheila!