quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A cor em nossa vida

Uma trilha de floresta no parque Redwoods State, Califórnia.

Vocês sabiam que características geográficas e sociais de uma pessoa influenciam na sua preferência por determinadas cores? Uma pessoa do nordeste brasileiro tem a tendência de preferir cores mais quentes, como vermelho e laranja, enquanto pessoas da região sul optam mais por cores frias, como o azul. Uma pessoa que more na Groelândia possui uma visão mais preparada para perceber o branco, enquanto um morador da amazônia é mais preparado para perceber o verde. Uma das formas de se verificar isso é ver a quantidade de nomes para tons de branco existente na cultura da Groelândia enquanto outras cores não são muito diferenciadas por diferenças de tom. Já no Brasil temos vários termos para diferenciar os tons de verde, como verde-bandeira, verde-musgo, verde-anil, verde-piscina, etc., mas para o branco não.

Com relação a classe social, pessoas de renda baixa preferem mesclas de cores quentes e vibrantes enquanto pessoas de renda mais elevada preferem tons suaves e com poucas misturas. Para se verificar isso é simples, basta ir ao supermercado. Você verá que os produtos populares usam e abusam de cores vibrantes enquanto produtos mais finos possuem um visual mais limpo e com tons suaves.

Essas informações são muito importantes na área de comunicação, principalmente na área de planejamento de marketing. É preciso conhecer as características do público ao qual você quer direcionar uma campanha publicitária para obter um resultado mais eficiente. Um político pode até ganhar uma campanha sabendo disso, pois, por exemplo, se ele precisar de votos no nordeste e entre as pessoas de classe D e E, deverá criar sua campanha com cores quentes e vibrantes.

Essa importância da cor na comunicação eu aprendi lendo o livro Psicodinâmica das cores em comunicação, de Modesto Farina, Clotilde Perez e Dorinho Bastos para o meu trabalho de iniciação científica e TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Os autores são professores de comunicação em cursos de publicidade e todo o livro se dedica a explicar a cor do ponto de vista da publicidade. São explicados a forma como nosso olho percebe a cor, como ela é processada em nosso cérebro, características próprias das cores, aspectos sociais e psicológicos da cor e finalmente como a cor é usada e pensada na comunicação.

Futuramente comentarei de outras características interessantes da cor que tenho estudado nas minhas leituras. Estudar cor dá trabalho, mas é muito divertido e muito útil, porque apesar de discreta, a cor tem um papel importante em nossa vida.

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