quinta-feira, 29 de outubro de 2009

24 Horas

24h 

O tema da aula de ontem da disciplina de Seriado Televisivo foi 24h. Finalmente uma série que assisti algumas temporadas completas (vi as 3 primeiras e parte da 4).

E parece que foi ontem que assisti essa série!!! Ela começou nos EUA um mês depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, há 8 anos. Eu assisti a primeira temporada em 2003 e me recordava de todo o uso da tecnologia. Pois é, ela já está envelhecendo, os computadores ainda passam, mas a internet e, principalmente, os celulares… celular é uma coisa que envelhece muito rápido, em 2001 eles tinham a tela verde ainda.

A maior descoberta da aula foi saber que por trás de toda inovação e tecnologia da série seu conteúdo é o mais puro e tradicional melodrama. A série começa com Jack Bauer recomeçando sua vida com sua mulher e filha, tentando levar uma vida normal. Mas acontece um rompimento nessa ordem, sua filha é sequestrada ao mesmo tempo em que terroristas planejam um atentado contra o primeiro candidato negro à presidência dos EUA. Essa coisa de um herói que começa uma história bem, normalmente vivendo uma lua-de-mel, e que tem seu amor sequestrado pelo vilão, iniciando assim uma jornada em busca de seu amor, é mais antigo que andar para trás, presente desde os gregos, perpassando toda a história da arte, até chegar às novelas e seriados.

24h2

Mas a principal inovação da série foi o uso de janelas múltiplas, que virou marca registrada da série. Janelas múltiplas são aqueles momentos em que a tela se divide em 3 ou quatro telas menores, onde cada uma mostra o que acontece com vários personagens aquele momento.

Ah, e claro, o uso do tempo foi fundamental para o sucesso da série. São 24 episódios onde cada um representa uma hora de um dia e passam a sensação de tempo real. Mesmo quando acontece os intervalos comerciais a ação não para. É o mesmo princípio dos reality shows.

Outra coisa importante da série foi o que está sendo conhecido como multimídia. Multimídia é aproveitar uma história (seja filme, livro, seriado, entre outras plataformas) e gerar dela outras histórias, que podem ser complementares ou que acrescentem informações ao produto original. Não confundir com simples adaptações, como quadrinhos que viraram séries e filmes, eles são independentes (se o Lex Luthor morrer no cinema ele pode não morrer nos quadrinhos, por exemplo).

Seriados atuais, como o 24h e Lost, usam e abusam das multimídias, gerando novos produtos na internet, celular, livros, entre outros. As multimídias são o futuro da arte e entretenimento.

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