sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Amigos de trabalho

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Sabe o que mais sinto falta da época em que trabalhava em empregos “normais”? Das amizades que fazia entre os colegas de trabalho. Comecei a trabalhar com 12 anos, passei por diversas experiências de trabalho e conheci muita gente legal e divertida. E claro, muita gente chata e merquetrefe, mas isso faz parte.

Tava lembrando desses meus empregos e percebi que ainda não contei nenhum causo dessa época. Os melhores lugares que trabalhei: um banco, uma sociedade de assistência a crianças e adolescentes, um hospital, uma agência de publicidade e pesquisa e uma gráfica. Repensando em todas as pessoas que passaram por mim nesses empregos algumas deixaram muita saudade… e teve gente…

A única coisa que era igual em todos os empregos que passei era o assunto principal de discussão diário (que acredito seja um tema universal em todos os trabalhos): sexo! Sexo é o brinquedo dos adultos, a válvula de escape do estress e principal fonte de humor de todos os trabalhos. Acho que por isso não contei nada por aqui, muita coisa proibida para menores…hehe Tinha uma enfermeira casada com um negro africano que tinha um pênis de 30cm e sofria de priaprismo, uma outra que casou virgem com mais de 45 anos com um senhor também virgem e que os médicos descobriram que também tinha um pinto enorme, um colega que transava antes de trabalhar, durante o horário de almoço e após o fim do expediente e passava o dia inteiro contando suas aventuras para a empregada, um outro colega que não parava de fazer filhos e exames de DNA e se desdobrava em dois para dar conta da mulher e da amante… muitas histórias, era muito divertido.

Sinto falta do café das 9 e meia da manhã, da reunião nas cantinas no horário de almoço, do café das 3 da tarde, da enrolação de trabalho do fim do dia, dos bate-papos do corredor, das escapulidas da firma pra ver preço de coisas nas lojas próximas ou pra comprar chocolate ou sorvete pra alguém, da vigilia para ver se o carro do chefe não apontava na esquina pra gente poder continuar brincando, das festas e amigo oculto de fim de ano… Mas o que mais sinto falta era dos desabafos, das conversas sérias, das ajudas e do apóio quando a gente precisava. Era até engraçado, eu era de menor na época mas muitas vezes me via de conselheiro sentimental, sexual ou familiar para pessoas 5, 10, 20, 30… anos mais velhas.

Alguns eu ainda encontro quando vou à Passos, outros sumiram, mas depois que você assina sua demissão tudo muda. Fica só o carinho de algumas pessoas e as lembranças gostosas de tudo o que viveram juntos.

Vou tentar relembrar de algumas histórias e ir contando por aqui. É bom poder registrar esses momentos legais de nossa vida.

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