sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Caminho das Índias

E hoje é o último capítulo dessa novela que procurou mostrar um pouco da cultura indiana aos brasileiros. Não vi quase nada dela e muita coisa do que vi me desagradou muito, principalmente nos caminhos narrativos que a Glória Perez tomou.

A pior para mim foi ela ter assassinado dramaturgicamente a personagem da Tânia Kalil. A química que existia entre ela e Raj no começo da novela era impressionante, coisa rara de se ver. Você nem precisava ouvir eles conversando, bastava ver o jogo de olhar e atração que eles trocavam. Era lindo, arrepiante. Mas isso eclipsou a personagem principal, a Maya. Então a autora preferiu enterrar a Tânia deslocando-a totalmente da trama e ainda arrumando um namorado do nada, só pra ela fazer sentido.

Outra coisa chata mas que tem acontecido com a maioria das novelas é que a autora deixou muita coisa pra se resolver no final. É super chato chegar ao último capítulo com trocentos nós a serem desenrolados. Nesse ponto a novela anterior, A Favorita, foi mais feliz, pois soube equilibrar as resolusões da trama ao longo do folhetim, sem deixar tudo para o fim. Quando se joga tudo no final, o telespectador fica frustrado, porque tudo acontece muito rápido e de forma muito simplista.

Mas enfim, esse está sendo o meu ano indiano. Eu sempre adorei a Índia, acho um país e cultura incrível. Em 2006 meu orkut passou a dizer que eu era da Índia. Não fui eu quem mudou e não acredito que alguém tenha entrado na minha conta só para mudar meu país, mas deixei, por gostar tanto daquele país. Esse ano pude me esbaldar com o filme Quem quer ser um milionário, com as fotos de 2 professoras do meu departamento que foram para lá, com o blog da Kika (ela passou alguns meses lá e contou tudo no seu blog, inclusive ganhei um cartão postal dela de lá) e com a novela. Agora, ficaram as músicas da trilha da novela e do filme. Sempre quis ter músicas indianas no meu playlist e agora tenho. Também comprei uma camiseta com a estampa do Ganesha!!! :D

E no meu perfil do orkut, no meu nome, está uma palavra que conheci com uma professora de filosofia em 2002 que acho incrível. Antes ninguém a conhecia, agora, por conta da novela, ficou super conhecida. Acontece que eu a escrevi em Indi e até hoje ninguém me perguntou o que significa.

Ninguém perguntou mas eu respondo…rzz

A palavra é

नमस्त

Namastê

O Deus em mim saúda o Deus em você!

2 comentários:

Nadja disse...

Você tem jeito de gostar da cultura indiana mesmo!
Acredito que um dia irá visitar a Índia, viu?
Alguém me soprou aqui e garanto que será algo inesperado...
Nem vc acreditará na hora.
Sempre gostei da Índia! Muito antes de ser modinha por causa da novela, eu já usava minhas batas, meus balagandãs, meu terceiro olho (todo mundo ficava me olhando assustado), enfim, espero repassar um pouco da cultura indiana à minha neta ou neto, se um dia a (o) tiver.
Vai acabar sobrando pra mim, já que o avô não está nem aí, muito menos o pai (meu genro).
Um dia vc ainda verá, eu abraçando minha netinha semi-indiana, de olhos enfeitados de Kajal e os braços repletos de pulseiras...rs

Nadja disse...

Caminho da Índias...

Um dos erros de Glória Perez foi criar trocentos personagens numa mesma trama.
Fica difíci trabalhar com todos, ainda mais quando existem dois núcleos distintos: brasileiros e indianos.

Um dos maiores desafios que a autora teve que enfrentar foi a falta de talento do ator(?) Márcio Garcia.
Incrivel, mas o rapaz não conseguiu dar vida ao seu personagem Bahuan, não teve a tal química com Maya (Juliana Paes), muito menos com sua noiva, a jovem indiana que apareceu no final da novela.
Uma lástima! Não sei para que veio.
O cara conseguiu atuar pior do que a Vera Fisher.

Já, Maya combinou com Raj que, por sua vez, combinou com Duda.
Na minha opinião,o garanhão Raj deveria ter ficado com as duas, mas seria politicamente incorreto, não é?...rs

Nessa etapada da novela, o jeito é correr como um trem desgovernado, dando um destino para cada personagem, sem esquecer nenhum deles. Tarefa difícil, viu?
Mas Glória é esperta nisso e acabará encontrando uma saída, já que os brasileiros não são tão observadores.

A personagem Duda realmente foi apagada... Uma pena...
Ela roubava a cena até da protagonista.
No fim, nem o filho que teve com Raj aparece em cena como deveria.

Só repetindo o que o Décio Pechinni disse na roda de fofocas daquele programa chulezento da Sônia Papelão: "Ô novela pra ter cornos!"

Ele tem razão...

Na minha opinião, a novela Caminho das Índias deveria se chamar Caminho dos Cornos...rs