quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Coisas do Rubens

Ontem a noite foi o dia de reunir o pessoal da minha turma para tirar a foto do convite de formatura. Por e-mail, nossa querida colega pingaiada Iandra, que adora um mé e tá sempre bêbada, avisou que todos deveriam estar de preto. E não é que na hora que a gente chegou para as fotos a fotógrafa disse que não havia necessidade de todo mundo ir de preto? Por culpa da Iandra, nossa turma ficou parecendo encontro de góticos, faltou só a gente se reunir no cemitério para as fotos…rzz

Antes das fotos mostrei a uma amiga um vídeo que fiz com meus sobrinhos em 2006 e que ela não tinha visto. É um vídeo curto, de terror, inspirado no filme “O chamado” e que até chegou a fazer parte de um festival (pelo que me disseram ainda está circulando pelo mundo nesse festival, chamado Vídeos Bastardos). Aí perguntaram: “Quem fez isso?”

“Ah, é coisa do Rubens!”

“Ah, entendi!”

“Quem são essas crianças?”

“Só podiam ser sobrinhas do Rubens”.

Eu tirei minha foto do Orkut e coloquei um desenho de criança que fiz me representando. Cansei de ouvir: “Logo vi que só podia ser coisa sua”.

Mês passado estava na casa da minha irmã e minha sobrinha pegou umas laranjas e desenhou carinhas nelas. Minha irmã chegou e preguntou: “Quem fez isso?” Aí ela olhou pra mim e disse: “Só pode ser coisa do Rubens”. Que coisa…rzz

Queria entender porque meus amigos adoram usar essa expressão pra classificar as coisas que eu faço. Basta dizer “É coisa do Rubens”, que entendem logo. Só não sei se isso é bom ou não…rzz

Meu amigo Beto me ligou ontem a tarde e disse: “Assisti um filme que você vai gostar. Eu detestei, é chato, só você pra gostar”.

Além de fazer “Coisas de Rubens”, também me indicam tudo que é filme que consideram chatos. Normalmente gosto mesmo. São filmes e músicas “do Rubens”. ;)

Não reclamo, gosto disso, gosto de ser diferente. Adoro brincar com as coisas da vida e tentar deixar ela mais alegre e diferente. Aprendi a ser assim com a Clarice Lispector e com a Amélie Poulain. O melhor de tudo é que não deixo a rotina me pegar.

Se alguém achar que é loucura, que sou loco, que achem. Minha felicidade é um bem precioso demais para desperdiçar por conta de quem não me compreende. Basta-me saber que meus amigos, apesar de implicarem, gostam das “coisas de Rubens” que eu invento…

Um comentário:

Nadja disse...

Eu tenho esse hábito tb!

Costumo dizer aos meus amigos: "Coisas de Fulano", Coisas de Ciclana"...

Porque sou observadora e com o tempo passo a saber o que a pessoa gosta ou não gosta.

Basta ver um objeto e logo digo: Isto tem a cara de Fulano...rs